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Quem é Jorge Negro Monte?
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Canibais de Garanhuns | |
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Jorge Beltrão no julgamento de 2018, acompanhado por um policial | |
Local do crime |
Olinda, Pernambuco, Brasil Garanhuns, Pernambuco, Brasil |
Data |
26 de maio de 2008 fevereiro de 2012 março de 2012 |
Tipo de crime | Assassinato e canibalismo |
Vítimas |
Jéssica Camila da Silva Pereira Giselly Helena da Silva Alexandra da Silva Falcão |
Réu(s) |
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira Isabel Cristina Pires da Silveira Bruna Cristina Oliveira da Silva |
Situação | Condenados |
Canibais de Garanhuns foi como ficou conhecido o trio formado por Jorge Negromonte, Isabel Cristina e Bruna Cristina, condenados por assassinar, esquartejar, consumir e vender salgadinhos de carne humana em Garanhuns, Pernambuco, Brasil, Eles faziam parte de uma seita chamada Cartel, cujo objetivo era a purificação do mundo e o controle populacional.
- A ingestão de carne humana fazia parte desse processo de purificação.
- O trio planejava realizar uma quarta morte, que encerraria o ciclo da seita e abriria um “portal para o acesso ao paraíso.” No entanto, eles foram presos antes de completar esse objetivo.
- As vítimas do trio foram Jéssica Camila da Silva Pereira, assassinada em 26 de maio de 2008, e Giselly Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão em 2012.
A carne das vítimas foi utilizada para fabricar salgados, como empadas, que foram vendidas para a população de Garanhuns, e alguns moradores relataram tê-los comido, sem saber de que eram feitos. Afetado por uma doença mental, Jorge publicou em cartório no mesmo ano o livro Revelações de um Esquizofrênico, no qual narra as alucinações de que padecia desde a infância, bem como o consumo de carne humana e a confecção dos salgados.
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Onde estão os Canibais brasileiros?
Os Canibais de Garanhuns foram condenados por todos os crimes. O trio continua cumprindo as penas em regime fechado. Isabel e Bruna estão na Colônia Penal Feminina de Buíque. Já Jorge Beltrão está na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.
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É permitido canibalismo no Brasil?
Afinal, canibalismo é crime no Brasil? Quais as punições? – O presidente da Comissão de Advocacia Criminal da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Caio Mendonça Ribeiro Favaretto, explica que, para que uma conduta seja considerada crime, é preciso que esteja prevista expressamente em um tipo penal definido no Código Penal.
Pode ser enquadrada no artigo 121, que presume que o canibalismo pode estar ligado a um homicídio, com a finalidade de consumo da carne humana.Pode ser punida pelo artigo 211, que criminaliza a destruição, subtração ou ocultação de cadáver.Pode ser enquadrada pelo artigo 212, que prevê penalidade ao vilipêndio de cadáver, quando há algum tipo de violação da dignidade da pessoa, materializada no corpo mesmo sem vida.
“No caso do canibalismo é possível considerar o homicídio como um meio, ou seja, com finalidade de comer a carne, como em casos de serial killer. É muito possível também que seja classificado como qualificado (homicídio), por motivo torpe ou fútil e seja associado à destruição de cadáver, que pode levar a pena entre doze até trinta anos”, explica.
A tipificação do crime por vilipêndio pode ou não entrar na penalidade em caso de canibalismo, segundo o jurista, pois, assim como nos demais artigos, sempre dependendo da avaliação do contexto como um todo. “A questão do vilipêndio está mais associada à violação do cadáver. Em casos onde o corpo é violado por práticas sexuais, por exemplo”, esclarece Favaretto.
Em 2019, a J ustiça de Pernambuco determinou um aumento de pena para o trio que ficou conhecido como “Canibais de Garanhuns”, O homem e as duas mulheres foram condenados em júri popular em 2014 por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver de uma jovem de 17 anos, mas o Ministério Público entendeu que era preciso elevar a punição por causa da gravidade dos crimes.
- No caso específico citado pelo presidente Jair Bolsonaro no vídeo, o presidente da Comissão de Advocacia Criminal da OAB/SP avalia que não cabe punição legal, por se tratar de uma situação hipotética.
- É uma situação absolutamente hipotética, e isso faz parte da retórica dele (Bolsonaro): o dizer sem dizer.
Nesse fato de declarar que ‘se’ tivesse alguém para acompanhá-lo, ‘consumiria’, que ‘faria’. Na conduta penal não há nada que possa ser feito sem a clareza que o caso realmente aconteceu. Se houvesse provas, aí, de fato teria que tentar entender se há possibilidade de aplicação desses três artigos.”
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Qual animal come humanos?
Quais animais comem carne humana? – A carne humana não faz parte da dieta rotineira de nenhum grande animal mas há inúmeros registros de animais que já atacaram e comeram carne humana, como leões, tigres, porcos, hienas e lobos, Agora que você já sabe que urubu come carne humana, mas por questões culturais e por nosso costume de enterrar as pessoas falecidas, isso não é algo comum, recomendamos a leitura do artigo a seguir em que falamos sobre os animais carniceiros, com tipos e exemplos,
- Huffpost. Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
- R7. “Cemitério aéreo”: Mortos são mutilados e deixados para urubus “levá-los para o céu” no Tibete. Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
- FAPESP. Por que os leões comem homens. Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
Bibliografia
- SANCHES, Luciana Guimarães, et al. Um estudo sobre a importância da espécie urubu-de-cabeça-preta para os alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-Campus Codó. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, 2020, vol.3, no 3, p.1946-1955. Disponível em:, Acesso em 27 de dezembro de 2021.
- Eu quero biologia. Você sabe a diferença entre urubu e abutre? Disponível em:, Acesso em 27 de dezembro de 2021.
- Wikiaves. Cathartidae. Disponível em:, Acesso em 28 de dezembro de 2021.
- YOUTUBE. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Ciência no Cotidiano. Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
- SUPER Interessante. Como os urubus conseguem comer carne podre? Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
- Mundo Ecologia. Urubus comem carne humana? Disponível em:, Acesso em 30 de dezembro de 2021.
O que aconteceu com Jorge Negromonte?
⚠️⚠️ Atenção! O texto abaixo pode não ser indicado para pessoas sensíveis ⚠️⚠️ Em abril de 2012 uma notícia chocou o Brasil. Três pessoas foram presas suspeitas de matar e vender carne humana dentro de salgados comercializados na cidade de Garanhuns, em Pernambuco.
O caso, que ficou popularmente conhecido como os “Canibais de Garanhuns”, logo foi amplamente divulgado assim como o resultado das investigações que levaram a prisão de Jorge Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina da Silva. Segundo o G1, as investigações foram iniciadas após parentes de Giselly Helena da Silva entrarem em contato com as autoridades locais para denunciar o desaparecimento dela.
Após utilizar o cartão de crédito da vítima em algumas lojas de Garanhuns, a polícia conseguiu rastrear e localizar os suspeitos. Na ocasião, os policiais encontraram na casa um livro ilustrado onde Jorge registrava detalhes dos crimes e de sua vida. Entre os diversos relatos contidos no impresso, o homem relatava sobre suas formações e também sobre as motivações para cometer os crimes e os atos de canibalismo.
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Tem tribos canibais no Brasil?
Canibalismo dos Tupinambás – História do Mundo Os índios tupinambás notabilizaram-se por uma prática peculiar: o canibalismo que praticavam em seus rituais. O ritual antropofágico era comum entre os índios tupinambás no Brasil * Entre as tribos indígenas que viviam no Brasil na época do início da colonização portuguesa, no século XVI, os tupinambás ficaram conhecidos amplamente por uma característica peculiar: a antropofagia, isto é, o ato de comer carne humana, também denominado canibalismo.
É certo que os tupinambás não eram os únicos a exercer tal prática, mas em razão sobretudo dos relatos de alguns viajantes europeus que presenciaram os rituais de canibalismo dessa tribo, sua fama correu o mundo. O principal relato escrito sobre o canibalismo dos tupinambás é de autoria do aventureiro alemão Hans Staden (1525-1579) e está registrado na obra Duas Viagens para o Brasil, publicada em 1557.
Esse relato circulou amplamente entre os círculos letrados da Europa por várias décadas, o que contribuiu para a composição de um imaginário exótico do chamado “Novo Mundo”. Outro europeu que se dedicou a refletir sobre o canibalismo dos índios brasileiros foi o filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592), inventor do gênero de escrita chamado ensaio,
- Montaigne escreveu o ensaio intitulado “Dos Canibais” para pensar a própria forma de organização da civilização europeia de sua época (século XVI) em contraste com a tribo primitiva dos tupinambás.
- Sem contar que tanto Montaigne quanto várias multidões de pessoas do século XVI tiveram a oportunidade de ver índios tupinambás em cidades como Lisboa e Paris.
Eles haviam sido capturados no Brasil e para lá conduzidos a fim de acrescentar uma “mostra exótica” à corte dos monarcas europeus. Não pare agora. Tem mais depois da publicidade 😉 A prática do canibalismo entre as tribos indígenas brasileiras é interpretada por antropólogos e historiadores sobre vários ângulos.
- Primeiramente, deve-se destacar que o canibalismo tupinambá é caracterizado como “exocanibalismo”, isto é, essa tribo não devorava membros de sua própria comunidade, mas buscava em outras tribos rivais o seu “alimento”.
- Geralmente os homens canibalizados eram guerreiros capturados em batalhas.
- O corpo desses rivais era comido em cerimônias com presença de dança e outros elementos ritualísticos.
O canibalismo, na maioria dos casos, possuía algum fundamento mítico que o legitimava, como a necessidade de espantar a violência do grupo, da comunidade, através do sacrifício de membros de fora dela. Na década de 1920, vale acrescentar que o poeta, polemista e filósofo Oswald de Andrade, um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, publicou o “Manifesto Antropófago”, um dos textos-base do Modernismo artístico brasileiro, no qual evocou a ideia dos índios canibais brasileiros, dando a ela um sentido estético que serviu como marca da capacidade da cultura brasileira de absorver outras culturas e tradições e imprimir nelas sua própria marca.
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