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O que é concupiscência da carne na Bíblia?
Concupiscência da carne –
A concupiscência da carne, no âmbito religioso, caracteriza o uso do desejo e prazer sexual como único sentido para a vida.Este comportamento seria de desagrado para Deus, segundo os religiosos.A bíblia cristã ainda fala sobre a “concupiscência dos olhos”, que seria o desejo pecaminoso do prazer carnal praticado na imaginação das pessoas.
” Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre. ” (1 João 2: 16-17). : Significado de Concupiscência (O que é, Conceito e Definição)
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O que vem a ser concupiscência?
1. Desejo imoderado de satisfazer a sensualidade; forte apetite sensual.2. Desejo intenso de bens materiais ou terrenos.
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O que é amor de concupiscência?
Dom Orlando Brandes – Um sábio chinês afirmou que, se lhe fosse dado o poder de governar o mundo apenas por um minuto, ele iria fazer uma coisa só: “restabelecer o verdadeiro sentido da palavra amor”. Sim, a compreensão do amor está muito deturpada. Confundimos amor com prazer, desejo, interesse, atração, paixão.
A verdade é que o amor é como o arco-íris, tem tonalidades diferentes. Semelhante a uma escada, o amor tem degraus e graus. O amor de concupiscência, que e ainda egocêntrico, difere do amor de benevolência que quer o bem do outro. O amor filantrópico tem razões diferentes do amor teocêntrico. O primeiro é humanitário, o segundo fundamenta-se em Deus.
Pode acontecer que em determinadas áreas de nossa personalidade, atingimos um grau elevado de maturidade no amor e noutras somos ainda imaturos. Vivemos experiências onde nos sentimos como anjos e noutras ainda como animais. Às vezes somos parecidos com as crianças e outras vezes, percebemos que somos capazes da gratuidade e doação generosa.
São os paradoxos e as ambigüidades que permeiam a arte de amar. O amor de amizade, é um grau elevado de amor, embora o amor-ágape, é o amor em sua máxima expressão, porque é doação de si, sem esperar recompensas, sem interesses, visto que é dar a vida pelo outro. É o amor que se desvela em benevolência, cuidado do outro, altruísmo, disponibilidade, paciência, perdão.
Na verdade o amor é uma composição de vários elementos como: auto-estima, amizade, intimidade, enamoramento, fidelidade, dom de si. Desde a filosofia grega, o amor foi refletido em graus e tonalidades diferentes. O “amor-concupiscência” (porneia) é a experiência do amor carnal, interesseiro, voraz, até instintivo, como por exemplo, a criança que mama.
- O “amor-dependência” (phaté), comporta ciúmes, submissão, controle do outro.
- Temos em seguida o “amor-eros” que se caracteriza pela atração, libido, impulso, desejo, calor humano.
- O “amor-jogo”(ludus) é o vale tudo, a orgia, a falta de pudor, a liberdade sem limites.
- O “amor-posse” (mania) é a dominação, o apego, a manipulação e a obsessão pela pessoa amada.
O “amor-espelho” (pragma), representa as pessoas que procuram alguém que faz o seu tipo, o seu estatus, alguém igual a si mesmo, seu espelho. O “amor-ternura” (storge) é o carinho, respeito, valorização, acolhimento, admiração do outro. O “amor de amizade” (filia) é o altruísmo, partilha, dedicação, benevolência.
O “amor-compaixão” (káris) é a sensibilidade pelo outro, a misericórdia, a reconciliação, o bem-querer, a bondade, a salvação do mundo. Na escala grega, por fim, vem o “amor-ágape”, que é a maturidade no amor, desejar o que outro deseja, estar a serviço do outro sem esperar vantagens, capacidade de morrer pelo amado.
A moral católica ensina também uma “ordem do amor”. Assim, o amor conjugaç tem primazia em relação ao amor pelos filhos. Já o amor pelos filhos tem prioridade ao amor pelos pais. Eis então a hierarquia do amor: amor conjugal, amor pelos filhos, amor pelos pais, amor pelos irmãos, amor pelos parentes, amor pelos amigos.
O que importa mesmo é que o amor não tem limites. Jesus ensinou e praticou o amor aos inimigos, aos pecadores, aos pobres. Em Jesus, amor e verdade, se abraçam, amor e justiça são inseparáveis. A medida do amor é amar sem medidas. O amor é palpável e inefável, ternura e fidelidade, misericórdia e verdade.
Tem força centrífuga, tende para a união. Onde está o amor ali está Deus. O amor é lugar da epifania de Deus. A vida humana é na verdade uma história do amor de Deus, mesmo quando sofremos, superando a dor. É preciso aprender a amar. Na escola do amor ninguém se aposenta, somos aprendizes e discípulos na arte de amar, até o fim.
O amor é nossa identidade, nosso nome, nossa vocação. É um desejo e compromisso de aliança, é encontro de duas liberdades. O amor é o melhor que nos pode acontecer. O amor basta. Quando se ama não se coloca em questão o sentido da vida. Um gesto de amor vale mais que toda a massa de matéria do universo, dizia Pascal.
O Criador é o Ser que nos faz ser. É próprio do amor sair de si mesmo. Somos o centro do amor de Deus. Ele nos desejou desde sempre, nos criou e recria a cada instante. Seu amor nos conduz providencialmente. Aceitar ser amados, crer no amor, deixar-se amar, sentir-se amável, eis nossa resposta ao amor de Deus.
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O que são prazeres naturais e necessários?
Epicuro – é possível obter prazer Epicuro é um raio de sol que atravessa toda uma nuvem espessa de superstição, medo e insegurança. Sua filosofia não se perde no meio do longo caminho que leva da tristeza do ignorante à sabedoria do filósofo. ” É possível obter prazer ” é o quarto e último remédio de seu tetrapharmakon, prova de que os filósofos podem ser felizes e realistas ao mesmo tempo.
Depois de neutralizar a cólera dos deuses (), zombar da morte () e mostrar a possibilidade de suportar a dor (), Epicuro nos mostra o caminho final: a possibilidade de obter prazer. Mas o que é o prazer? Epicuro faz a distinção em três tipo: naturais necessários, naturais não necessários e não naturais não necessários.
Claro, tudo é natureza, mas esta separação nos ajuda a entender que alguns prazeres vêm do corpo, nascem de nossa própria existência e outros são frutos de ilusões e nos são empurrados garganta abaixo.
Naturais necessários : sem eles, a harmonia de nosso corpo se desfaz. Os desejos naturais e necessários permitem que o corpo continue afirmando-se na existência. Nós não os desejamos porque são bons, eles são bons porque os desejamos. Água, para não morrer de sede; comida para não morrer de fome; calor; para não morrer de frio. Naturais não necessários : são prazeres, mas não necessários no sentido em que excedem a simples manutenção da existência. Mais do que conservar-se a vida quer o prazer de viver, e ela pode obter isso através da natureza. Faz-se aqui a passagem da existência para uma estética da existência. Mais do que apenas comer, é possível criar a culinária, arte de cozinhar. Mais do que ver, e ouvir, é possível pintar e fazer música, arte das cores e dos sons. Não naturais e não necessários : entramos no terreno das ilusões e da superstição. Aqui nascem os deuses e os demônios. Desejos não naturais e não necessários são aqueles que se descolam cada vez mais da terra e atingem reinos que não existem. Dinheiro, nosso novo deus, fama, glória, santidade. Curtidas no facebook, por que não? Estes objetos são vazios, alienam, nos impedem de atingir uma vida natural e de prazeres. Enfim, causam mais aflição que prazer, o dispêndio de energia para obtê-los não vale o que nos trazem em retorno. Copos sempre meio vazios, estas ilusões são a cenoura na frente do burro, elas conduzem a humanidade em sua longa marcha irracional
Não precisamos temer os deuses nem a morte, é possível suportar a dor e mais, é possível obter prazer. Como? Para criar estas quatro lições, Epicuro só teve que tomar uma atitude simples, ouvir seu, fazê-lo pensar, obrigá-lo a tomar certas posições em relação a certos problemas.
Quando meu corpo está vivo, eu não estou morto, então não preciso me preocupar. Quando sinto dor, posso suportá-la e usá-la para melhor agir no mundo. Quando escuto o que meu corpo tem a dizer, aprendo a selecionar os melhores prazeres. A única felicidade maior que ouvir as lições de Epicuro é segui-las.
: Epicuro – é possível obter prazer
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