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O que é produzido com carne de porco?
A carne de porco, também dita carne porcina ou suína, é comida de diversas maneiras, incluindo cozida, salgada ou defumada (presunto, incluindo o prosciutto italiano) ou uma combinação destes métodos (toucinho, bacon ou pancetta). Também é um ingrediente comum das salsichas e linguiças.
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O que é feito com as fezes do porco?
Os dejetos de suínos são ricos em nutrientes que, se transformados em composto, deixam de ser problema para serem um importante insumo para a produção agrícola.
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O que não se aproveita do porco?
Leia este artigo em: O rendimento em carcaça dos porcos chega a quase 70% de média, sem cabeça, rins nem gordura abdominal, enquanto nos bovinos, em igual condição, não supera 64% e outras espécies de mamíferos ficam muito abaixo. Segundo o ditado popular, do porco aproveita-se tudo, o que é quase literalmente verdade.
O rendimento em carcaça dos porcos chega a quase 70% de média, sem cabeça, rins nem gordura abdominal, enquanto nos bovinos, em igual condição, não supera 64% e outras espécies de mamíferos ficam muito abaixo. De facto, o consumo das partes menos nobres do porco, como vísceras, face, orelhas, pés ou banha é bastante alargado em diversas culturas gastronómicas.
Inclusive o sangue é tradicionalmente aproveitado na fabricação de enchidos de sangue “butifarras negras”, morcelas ou outros produtos de consumo local. Do pêlo são feitas escovas e outros utensílios e dos ossos, além dos caldos é extraída gelatina, e fazem-se pentes e outros objectos. No entanto, as dimensões do consumo actual de carne de porco, seja em carcaça ou como produtos derivados, implica o abate de milhões de cabaças, concretamente, segundo dados do Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente no ano de 2013 em Espanha foram abatidos 41.418.466 de porcos, dos quais 18.593.752 (quase 45%) na Catalunha.
- As possibilidades de valorizar as miudezas geradas no abate e desmancha dessa quantidade de animais supera muito a saída comercial dos produtos antes mencionados.
- A valorização dentro da própria indústria alimentar necessita um alto grau de inovação que faça com que uma miudeza, que poderia ser considerada sub-produto, seja utilizada como matéria-prima susceptível de ser transformada em produtos comestíveis e desejáveis pelos consumidores (Ockerman, H.W., & Basu, L., 2004), que são, além disso, uma fonte excelente de nutrientes tais como aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas (Toldrá, F.
et al., 2012). Na figura 1 são mostradas as principais miudezas procedentes do abate e desmancha dos porcos, alguns processos e as indústrias que podem beneficiar. Figura 1. Sub-produtos do porco, directos ou processados, e principais aplicações segundo o tipo de indústrias. Vísceras e peças de pouco valor comercial A primeira via de aproveitamento é o uso directo como alimentos. A nossa cultura está incluída nas que valorizam como desejáveis as vísceras e outras peças do porco, como as mãos, tanto na cozinha tradicional como entre as novidades culinárias.
Ainda assim, há um sector de população que rejeita este tipo de alimentos, por uma questão de gosto (sabor, aroma ou textura) ou por medo da transmissão de doenças. Neste caso particular, a crise das encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET) colocou sob suspeita muitos produtos de todas as espécies, o que não faz sentido no caso do porco já que não foi descrito nenhum caso de EETs nesta espécie (Matthews, D., Cooke, B.C., 2003).
Os intestinos e bexiga, limpos e secos, são utilizados tradicionalmente como tripas para enchidos. Por outro lado, alguns órgãos como o pâncreas ou a mucosa intestinal são fonte de produtos farmacêuticos de grande valor acrescentado como a insulina, cada vez mais substituída pela de origem biotecnológica, ou a heparina.
- Sangue O sangue, além do consumo tradicional como matéria-prima de enchidos, é cada vez mais e melhor aproveitado.
- Normalmente a primeira etapa da valorização começa pela separação da fracção celular (FC), constituída pelos glóbulos vermelhos, que contêm a hemoglobina, do plasma (Parés, D.
- Et al., 2011).
O plasma pode ser utilizado como ingrediente funcional nos alimentos, especialmente de carne, conservado por desidratação ou congelação (Parés, D. et al., 1998; Hurtado, S. et al., 2012). Também podem ser extraídas proteínas como a trombina e o fibrinogénio, que têm diversas aplicações e utilizar o soro ou as suas proteínas em separado, como ingredientes alimentares (Dàvila, E.
et al., 2007; Parés, D. et al., 2012). A fracção celular é mais difícil de aplicar devido à sua cor e sabor a sangue que dá, mas pode ser aproveitada como agente corante ou, de forma separada, o grupo hemínico como fonte de ferro e a globina pelas suas propriedades funcionais (Toldrà, M. et al., 2011; Toldrà, M.
et al., 2004). Figura 2. Fracção celular desidratada e globina descolorida por hidrólise enzimática (De: Toldrà, M. (2002) Tese de doutoramento).
Uma via de aproveitamento que está a ser muito desenvolvida ultimamente e que permite obter derivados com alto valor acrescentado é submeter as proteínas do plasma ou a globina a hidrólise enzimática para obter péptidos bioactivos (antimicrobianos, anti-hipertensivos, opiáceos) (Toldrá, F.
- Et al., 2012) (Figura 2).
- Este sistema também pode ser aplicável a outros sub-produtos como a pele ou as vísceras (Arihara, K.
- Et al., 2001).
- Gordura A maioria da gordura procedente de porcos destina-se ao consumo humano, de forma directa ou como ingrediente nos produtos derivados.
- A qualidade tecnológica e dietética da gordura de porco é superior à de outros animais de consumo.
Ainda que uma boa parte da gordura refinada se destina também à industria cosmética e química (Pearl, G.G., 2004). Nos últimos anos as gorduras não comestíveis ou de pios qualidade são usadas para a fabricação de biodiesel, transformados em esteres metílicos dos ácidos gordos (Moreira, A.L., et al., 2010).
- Outros Aparas, ossos e pele podem ser utilizadas em primeiro lugar para extrair o colagénio e obter gelatina.
- Dos ossos também é extraída carne separada mecanicamente apta para o consumo humano ou para a fabricação de rações para animais de companhia.
- Dos restos destes componentes, assim como de outros sub-produtos como unhas e pêlo, são obtidas proteínas para alimentação animal.
Não obstante seriam substratos aceitáveis para a hidrólise e obtenção de péptidos bioactivos com potencial biofuncional (Toldrá, F. et al., 2012). Este espaço não é uma zona de consultas aos autores dos artigos mas sim um local de discussão aberto a todos os utilizadores de 3tres3 Insere um novo comentário Para fazeres comentários tens que ser utilizador registado da 3tres3 e fazer login
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Qual é o país que consome mais carne suína?
Com base em números de fontes oficiais, foi realizada a consolidação e projeção do consumo, a China continua se destacando como o principal consumidor, enquanto, na América Latina, o México ocuparia a primeira posição. Mundo O principal consumidor de carne suína em 2021 continua sendo a China, isto tendo em conta as suas regiões econômicas especiais Hong Kong, Macau e China Continental, cujo consumo rondava os 61, 52 e 37 kg/habitante (quilogramas por habitante) respetivamente.
- Até 2022, o consumo no gigante asiático deverá crescer 4,1%, chegando a quase 52 kg/hab.
- Em segundo lugar, temos a Bielorrússia, para a qual se estima um ligeiro aumento de 0,3% em 2022.
- Por seu lado, a União Europeia, Coreia do Sul e Vietnã, ocuparam o terceiro, quarto e quinto lugar neste ranking.
- Por outro lado, de acordo com as projeções de consumo para este ano, esperamos aumentos nesse indicador para a maioria dos principais países consumidores.
No entanto, para União Europeia, Estados Unidos e Rússia, haverá leves quedas de 0,7, 0,9 e 3,4% respectivamente, em relação a 2021. América Latina A nível da América Latina temos que, em 2021, o México se posicionou como o maior consumidor da região com 19,4 kg/hab. México 2010 – 2020: Comecarne.org Colômbia 2010 – 2021: Porkcolombia Peru 2010 – 2020: MINAGRI Argentina 2010 – 2020: MAgyP Costa Rica 2014 – 2020: SIM Panamá 2016 – 2020: ANAPOR Paraguai 2010 – 2020: APPC Brasil 2010 – 2020: ABPA Chile 2010 – 2021: ASPROCER Demais países e anos: USDA e Banco Mundial | Cálculos Departamento de Análise Econômica da 333 América Latina
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Qual o principal destino da carne suína produzida no Brasil?
Publicado em 13/10/2022 11:38 China permanecerá como principal cliente, mas Brasil deve seguir ampliando vendas para outros países do sudeste asiático e da América do Sul O Brasil deve manter-se em 4º lugar no ranking entre os maiores exportadores de carne suína em 2023, de acordo com um relatório divulgado pelo Departamento Norte-americano de Agricultura (USDA, na sigla em inglês), seguindo responsável por uma fatia de 10%na participação do mercado.
- As exportações de carne suína do Brasil devem subir 3% no ano que vem em relação a 2022, com volumes robustos embarcados para a América do Sul e Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, onde a Peste Suína Africana (PSA) restringe a produção.
- A China permanecerá como principal destino do Brasil, mas as importações totais de carne suína da China devem cair devido ao aumento da produção local do gigante asiático.
Em âmbito global, o USDA projeta que a produção em 2023 se eleve em 1%, atingindo volume de 111,0 milhões de toneladas, à medida que a produção chinesa aumenta. Espera-se que a produção de carne suína da China cresça 2% enquanto o setor continua se recuperando dos impactos da PSA, que atingiu a China em cheio em 2018.
- A expectativa, segundo o reporte do USDA, é de que os altos custos de produção dos suínos na China, especialmente com a alimentação dos animais, reduzam os incentivos à produção suínos com excesso de engorda.
- Estados Unidos, Brasil e México também devem expandir a produção, mais do que compensando as quedas de outros grandes produtores, incluindo a União Europeia e o Reino Unido.
RQuestões como o preço da ração para os suínos aumentando, custos de energia e restrições ambientais devem diminuir a produção da UE. Os suinocultores do Reino Unido enfrentam altos custos de alimentação e o desafio do enfraquecimento da demanda interna pelo animal produzido localmente.
Brasil e México continuam a expandir o setor suinícola para atender à crescente demanda doméstica, em parte impulsionado por consumidores que buscam alternativas à carne bovina com preços mais altos e demanda de exportação mais forte em vários países. A produção no Vietnã continua a se recuperar, pois a administração da PSA protegeu o setor de surtos em grande escala.
As exportações globais, segundo o USDA, devem cair 2%, para 10,5 milhões de toneladas em 2023, à medida que as importações da China enfraquecem pelo segundo ano consecutivo. Apesar dos problemas persistentes com a PSA, as importações de carne suína das Filipinas também devem diminuir devido à o fim das políticas de favorecimento das importações em 2022 (o aumento temporário nos volumes de cotas de suínos terminou em maio de 2022 e as tarifas reduzidas foram estendidas até o final de 2022).
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Que produtos são feitos a partir da Matéria-prima dos suínos?
Produção de embutidos e defumados suínos valoriza matéria-prima e O aproveitamento de carnes bovinas, suínas e de aves em pequenas propriedades rurais, na fabricação de diversos produtos, pode ser considerado uma tradição em diversos Estados brasileiros.
Na produção de embutidos e defumados destaca-se a carne suína, em que a matéria prima original é valorizada em até 50%, Para profissionalizar os produtores no preparo desses produtos, o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul oferece capacitação em Produção Artesanal de Embutidos e Defumados de Suínos em três municípios: Coxim, de 18 a 21 de agosto, no Alto Planalto; em Dourados, de 25 a 28 de agosto, na Casa Esperança; e em Brasilândia, de 26 a 29 de agosto, na Fazenda Santa Tereza.
A produção dos embutidos e defumados suínos permite alta rentabilidade ao pequeno produtor. “O custo-benefício é muito bom. De um porco grande, de 70 kg, podemos produzir em média 200 peças. Se o produtor vende cada uma por R$ 10, são R$ 2.000 de lucro bruto”, detalha.
É importante ressaltar que para comercializar os produtos, deve-se procurar os órgãos municipais de inspeção. “Para comércio, tem que passar por avaliação. Por isso, no curso nós também damos orientações nesse aspecto, de medidas de segurança e exigências profissionais”, afirma o instrutor. Segundo o instrutor do Senar/MS, Francisco Ferreira de Souza, no curso ensina-se o melhor aproveitamento da carne suína, permitindo que o produtor conheça novas técnicas de processamento da carne.
“Os pequenos produtos têm o costume de fazer a carne suína frita, cozida e guardá-la no freezer. Nós ensinamos a fazer novos usos dessa carne, como salame, presunto, apresuntado, lombo defumado, linguiça calabresa, linguiça portuguesa, linguiça frescal, bacon e calabresa”, explica Francisco.
A capacitação apresenta os procedimentos de fabricação do produto desde o abate, corte, cura, técnicas de cozimento, manipulação e armazenamento. Há ainda a etapa de defumação, que se dá pela exposição da carne ao calor e fumaça. “Essas técnicas aumentam o tempo de conservação da carne. A defumação é um diferencial, além de maior conservação, deixa o sabor mais acentuado e característico.
A carne é temperada, permanece por três dias no refrigerador com conservantes, e então fica no defumador por seis horas”, afirma. A higiene é fundamental para o processo de fabricação. A manipulação incorreta das carnes pode acarretar na deterioração dos produtos.
Uma das principais preocupações no curso é orientar sobre as boas práticas de manipulação e a procedência correta da carne. “O produtor precisa ter esse cuidado. A origem de um bom produto depende de uma boa fabricação e boa carne. É importante que procurem carnes inspecionadas e conheçam sua origem”, ressalta Francisco.
O abate de suínos em Mato Grosso do Sul no 1° trimestre de 2015 resultou em um peso de carcaça total de 30,3 mil toneladas, segundo dados da Pesquisa Trimestral de Abates do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram 337.224 mil cabeças de suínos abatidas, colocando o Estado em oitava posição no ranking nacional.
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