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Porque não pode comer carne de porco religião?
Afirmações como “grávidas não devem comer carne suína” ou “os judeus devem ter um motivo para não comê-la” acabam por espalhar alguns mitos sobre o alimento. Considerá-la uma carne perigosa, por exemplo, é uma das afirmações que, segundo o nutricionista José Dorea, professor da Universidade de Brasília (UnB), já não faz sentido há pelo menos uns 100 anos.
- Primeiro, é importante que se entenda a diferença entre risco e perigo.
- Risco existe sempre e diante de qualquer coisa.
- Se você anda na rua, existe o risco de ser atropelado.
- Já a noção de perigo é diferente e não faz sentido com relação à carne suína”, explica.
- Segundo o especialista, o medo de adquirir uma doença depois de comer carne suína nasceu porque, no passado, os animais eram criados no entorno das casas, sem qualquer condição de higiene ou saneamento.
Uma realidade bastante diferente da que se vive atualmente. “Hoje, as carnes têm excelente procedência, os animais passam por serviços de inspeção rigorosíssimos e, sendo assim, quando a carne chega à casa das pessoas é porque está pronta e apropriada para o consumo.
- Se incidentes acontecerem, serão com qualquer carne, não só com a suína”, diz.
- Em tese, os mesmos microrganismos e parasitas que poderiam ser transmitidos pela carne suína também podem ser disseminados por frutas e verduras mal lavadas”, compara a médica veterinária Roberta M.
- Züge, da Ceres Qualidade Consultoria e Assessoria e membro do Conselho Científico de Agricultura Sustentável.
Ou seja, a especialista aconselha que o consumidor fique sempre atento à procedência dos alimentos. Religião Outra razão que contribui para esse mito se propagar é não compreender o porquê de alguns povos fazerem restrição ao consumo de carne suína. No mundo judaico, o tema da pureza e a proximidade com a santidade é muito importante.
- E o porco era considerado um animal impuro, devido à forma como era mantido antes do abate, há centenas de anos.
- De acordo com a Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus, o povo judeu tem que se abster de comer esse tipo de carne não porque faz mal à saúde, mas sim porque a lei divina é suprema.
Os muçulmanos também não podem comer carne suína, mas esse alimento não é a única restrição. Eles também são proibidos de comer coelhos, peixes sem escamas e sem barbatanas, avestruz e todos os répteis que rastejam. A proibição desses outros alimentos é mais uma prova de que não se trata de perigos da carne ou qualquer outra razão que não seja o respeito à religião e aos seus costumes.
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O que a doutrina espírita fala sobre comer carne?
Pode ou não comer carne? – O espiritismo não proíbe o consumo de carne, apenas entende que para trabalhos que envolvam captação e manipulação de energias sutis não é recomendado o uso de alimentos pesados e de difícil digestão, como é o caso da carne vermelha.
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Porque árabe não come carne de porco?
Os muçulmanos seguem o Alcorão, livro sagrado do islamismo que proíbe se alimentar da carne de porco. Eles enxergam a carne suína como algo impuro, maligno e ruim. É ilegal tanto a venda quanto o consumo.
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Onde está escrito que não pode comer carne de porco?
1 E falou o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo-lhes: 2 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais, que a comereis de todos os animais que há sobre a terra: 3 Tudo o que tem cascos fendidos, e a fenda dos cascos se divide em dois, e remói, entre os animais, isso comereis.4 Destes, porém, não comereis, dos que remoem ou dos que têm cascos fendidos: o camelo, que remói mas não tem cascos fendidos; esse vos será imundo; 5 E o coelho, porque remói, mas não tem os cascos fendidos; esse vos será imundo; 6 E a lebre, porque remói, mas não tem os cascos fendidos; essa vos será imunda.7 Também o porco, porque tem cascos fendidos, e a fenda dos cascos se divide em dois, mas não remói; esse vos será imundo.8 Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver; esses vos serão imundos.9 Isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas nas águas, nos mares, e nos rios; isso comereis.10 Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas nos mares, e nos rios, de todo réptil das águas, e de toda alma vivente que há nas águas, esses serão para vós abominação.11 Ser-vos-ão, pois, abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver.12 Tudo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação.13 E estas abominareis das aves, não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, 14 E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie, 15 Todo corvo segundo a sua espécie, 16 E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie, 17 E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja, 18 E o cisne, e o pelicano, e a gralha, 19 E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.20 Todo inseto que voa, que anda sobre quatro pés, será para vós uma abominação.21 Mas isto comereis de todo inseto que voa, que anda sobre quatro pés: o que tiver pernas sobre os seus pés, para saltar com elas sobre a terra.22 Deles comereis estes: a a locusta segundo a sua espécie, e o solham segundo a sua espécie, e o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie.23 E todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés, serão para vós uma abominação, 24 E por esses sereis imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, a imundo será até a tarde.25 E todo que levar qualquer parte dos seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até a tarde.26 Todo animal que tem cascos fendidos, mas a fenda não se divide em duas, e todo o que não remói, vos será imundo; qualquer que tocar neles será imundo.27 E tudo o que anda sobre as suas patas, de todo animal que anda sobre quatro pés, vos será imundo; qualquer que tocar nos seus cadáveres será imundo até a tarde.28 E o que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até a tarde; eles vos serão imundos.29 Estes também vos serão imundos entre as criaturas que se arrastam sobre a terra: a doninha, e o rato, e o lagarto segundo a sua espécie, 30 E o geco, e o crocodilo da terra, e a lagartixa, e o lagarto da areia e o camaleão.31 Esses vos serão imundos entre todos os que se arrastam; qualquer que os tocar, estando eles mortos, será imundo até a tarde.32 E tudo aquilo sobre o que cair alguma coisa deles, estando eles mortos, será imundo; seja objeto de madeira, ou roupa, ou pele, ou saco, qualquer objeto, com que se faz alguma obra, será posto na água, e será imundo até a tarde; depois será limpo.33 E todo vaso de barro, em que cair alguma coisa deles, tudo o que houver nele será imundo, e o vaso quebrareis.34 Todo alimento que se come, sobre o que vier água de tal vaso, será imundo; e toda bebida que se bebe, em qualquer desses vasos, será imunda.35 E aquilo sobre o que cair alguma coisa de seu corpo morto, será imundo; o a forno e o vaso de barro serão quebrados; imundos são, portanto, vos serão imundos.36 Porém a a fonte ou cisterna, em que se recolhe água, será limpa; mas o que tocar no seu cadáver será imundo.37 E se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre alguma semente de semear, que se semeia, será limpa; 38 Mas se for deitada água sobre a semente, e se do seu cadáver cair alguma coisa sobre ela, vos será imunda.39 E se morrer algum dos animais, que vos servem de mantimento, quem tocar no seu cadáver será imundo até a tarde; 40 E quem comer do seu cadáver lavará as suas vestes, e será imundo até a tarde; e quem levar o seu corpo morto lavará as suas vestes, e será imundo até a tarde.41 Também toda criatura, que se arrasta sobre a terra, será abominação; não se comerá.42 Tudo que anda sobre o ventre, e tudo que anda sobre quatro pés, ou a que tem mais pés, entre toda criatura que se arrasta sobre a terra, não comereis, porquanto são uma abominação.43 Não façais as vossas almas a abomináveis por nenhuma criatura que se arrasta, nem com elas vos contamineis, tornando-vos imundos por elas; 44 Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto, vós vos a santificareis, e sereis b santos, porque eu sou santo; e não contaminareis as vossas almas por nenhuma criatura que se arrasta sobre a terra; 45 Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.46 Essa é a a lei dos animais, e das aves, e de toda criatura vivente que se move nas águas, e de toda criatura que se arrasta sobre a terra; 47 Para fazer diferença entre o imundo e o limpo; e entre os animais que se podem comer e os animais que não se podem comer.
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O que não se deve comer Segundo a Bíblia?
QUE ANIMAIS SÃO PROIBIDOS DE SE COMER NA BÍBLIA? – Em Levítico 11, o Senhor fala a Moisés e Arão e estabelece quais animais podem ser comidos e quais não podem: “Você pode comer qualquer animal que tenha o casco fendido e que rumine. Há alguns que só ruminam ou só têm o casco fendido, mas não deves comê-los. Image from Pexels / Pixabay Animais aquáticos podiam ser comidos se tiverem barbatanas e escamas. Os insetos alados eram permitidos se tivessem juntas nas pernas acima dos pés. O consumo de determinadas espécies de aves não era permitido e comer morcegos era expressamente proibido.
Image by Tep Ro from Pixabay
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O que não se pode comer na Umbanda?
Euó universais. São quizilas comuns a todos os terreiros de candomblé: não comer caranguejo, peixe-de-pele, cajá, jaca, berinjela, alguns tipos de marisco, raia-pintada.
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Porque católico não come carne?
Por que algumas pessoas não comem carne na Sexta-Feira Santa? – Dentro da tradição da Igreja Católica, a Sexta-Feira Santa, também conhecida como Sexta-Feira da Paixão, é um dia reservado para a prática da abstinência. Essa tradição milenar do catolicismo opõe-se ao consumo de carne vermelha e de frango nesse dia.
- Dentro desse costum e, é comum que nesse dia as pessoas substituam o consumo dessas carnes pelo consumo de peixe.
- A tradição de jejuar na Sexta-Feira Santa, provavelmente, teve sua origem na Idade Média,
- Isso porque outra tradição do catolicismo surgiu nesse período: a de jejuar toda sexta-feira,
- No século IX, durante o pontificado de Nicolau I, foi imposta a prática de abdicar de carne toda sexta-feira a todos os cristãos maiores de sete anos.
Nos primeiros tempos dessa prática, era comum que as pessoas abstivessem-se nas quartas e nas sextas e, além da carne, as pessoas não consumiam laticínios e ovos também. A prática, no entanto, perdeu força, e a Igreja defende atualmente a abstenção apenas na sexta.
- Hoje em dia, a prática da privação de carne durante a Sexta-Feira Santa segue vigente.
- O Código de Direito Canônico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de uma obra de caridade, por exemplo.
No que compete à Páscoa, o jejum era realizado durante todo o período da Quaresma (período de 40 dias que antecedem a Páscoa). Existem aqueles que ainda fazem o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa, O mais comum entre aqueles que praticam o jejum é de realizá-lo apenas na Sexta-Feira Santa.
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Qual igreja não come carne?
Tradição milenar A tradição de jejuar e não comer carne na sexta-feira santa e no sábado de aleluia, provavelmente, teve sua origem ainda na Idade Média, período compreendido entre séculos V e XV. Isso porque outra tradição do catolicismo surgiu nesse período: a de jejuar todas as sextas-feiras do ano.
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Por que muçulmanos não tem cachorro?
Trata-se de uma regra básica para o islã, que considera que o contato com o animal deixa o muçulmano impuro e o impede de completar os seus ritos religiosos.
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Em que país o porco é sagrado?
Na Nigéria, tem uma estreita relação com os espíritos, atribuindo-lhe o papel de herói civilizador. Acreditam que o porco ordenou o primeiro sacrifício aos espíritos. Para o povo kikuyu no norte da África, o porco é considerado inventor do fogo.
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Por que os judeus não comem carne com leite?
Filosóficas – A filosofia judaica divide os 613 mandamentos (ou mitzvot ) em três grupos – leis que têm uma explicação racional e provavelmente seriam decretadas pela maioria das sociedades ordenadas ( mishpatim ), leis que são entendidas depois de explicadas, mas não seriam legisladas sem o comando da Torá ( eidot ), e leis que não têm uma explicação racional ( chukim ).
Alguns estudiosos judeus dizem que a kashrut deveria ser categorizada como leis para as quais não há explicação particular, já que a mente humana nem sempre é capaz de entender as intenções divinas. Nesta linha de pensamento, as leis dietéticas foram dadas como uma demonstração da autoridade de Deus, e o homem deve obedecer sem perguntar a razão.
No entanto, Maimônides acreditava que os judeus eram autorizados a procurar razões para as leis da Torá. Alguns teólogos afirmam que as leis kashrut têm caráter simbólico: os animais kosher representam virtudes, enquanto os animais não kosher representam vícios.
- A carta de Aristeias, do século I a.C, argumenta que as leis “foram dadas para despertar pensamentos piedosos e formar o caráter”.
- Essa visão reaparece na obra do rabino Samson Raphael Hirsch, do século XIX.
- A Torá proíbe “fervilhar o cabrito (cabra, ovelha, bezerro) no leite de sua mãe”.
- Embora a Bíblia hebraica não forneça uma razão, tem sido sugerido que a prática foi percebida como cruel e insensível.
O Judaísmo chassídico acredita que a vida cotidiana é imbuída de canais que se conectam com a Divindade, cuja ativação ela vê como ajudando a Presença Divina a ser atraída para o mundo físico; o chassidismo argumenta que as leis alimentares estão relacionadas com o modo como esses canais, denominados “faíscas de santidade”, interagem com vários animais.
Essas faíscas de santidade são liberadas sempre que um judeu manipula qualquer objeto por uma razão sagrada (que inclui comer); no entanto, nem todos os produtos animais são capazes de liberar suas faíscas de santidade. O argumento chassídico é que os animais estão imbuídos de sinais que revelam a liberação dessas faíscas, e os sinais são expressos na categorização bíblica de ritualmente limpos e ritualmente impuros.
Segundo o teólogo cristão Gordon J. Wenham, o objetivo da kashrut era ajudar os judeus a manter uma existência distinta e separada de outros povos; Ele diz que o efeito das leis era impedir a socialização e o casamento com não judeus, impedindo que a identidade judaica fosse diluída.
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Quais animais Deus permite comer?
Levítico 11 – a BÍBLIA para todos Edição Comum (BPT) – Sociedade Bíblica de Portugal 11 11 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão 2 Dt 14,4 At 10,1214 que comunicassem aos israelitas as seguintes ordens 11,2 Há uma lista semelhante em Dt 14,3–29, A identificação de alguns animais não é muito segura.
: «De todos os animais que vivem em terra, são estes os que podem comer: 3 Todos os que tiverem a unha do pé dividida em dois cascos diferentes e forem ruminantes, desses podem comer.4 Por isso, não devem comer dos seguintes, ainda que sejam ruminantes ou tenham a unha dividida: o camelo, pois rumina mas não tem a unha dividida; devem considerá-lo impuro ; 5 o coelho, que rumina mas não tem a unha dividida; devem considerá-lo impuro; 6 a lebre, que rumina 11,6 A lebre parece ruminar pelo movimento que faz com os lábios.
, mas não tem a unha dividida; devem considerá-la impura; 7 o porco, que tem a unha dividida em dois cascos, mas não rumina; devem considerá-lo impuro.8 Is 52,11 63,317 65,4 Mt 15,1120 Mc 7,21518 At 10,14-15 15,29 Rm 14,1417 1 Co 8,8 Cl 2,1621 Hb 9,10 Não devem comer a carne de nenhum destes animais nem devem tocar no seu cadáver.
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Qual é a religião que não pode tomar café?
Os Mórmons bebem álcool, chá preto ou café? – Na Palavra de Sabedoria, o Senhor ordena aos Mórmons que se abstenham de substâncias nocivas. Os Mórmons são ensinados a não beber nenhum tipo de bebidas alcoólicas (ver ). Os Mórmons são também ensinados a não beber “bebidas quentes”, referindo-se ao café e a qualquer tipo de chá que não seja chá de ervas (ver ), e a não fumar (ver ).
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Qual religião não pode comer camarão?
OUTRAS CURIOSIDADES – – Matar animais também não é bem visto no budismo por causa da crença na reencarnação de seres humanos em forma de animais e vice-versa – No Ramadã, nono mês do calendário muçulmano, é proibido se alimentar e tomar líquidos entre o nascer e o pôr do sol – Entre os protestantes, o grupo dos adventistas do sétimo dia também não consome carne suína, nem de peixes sem escamas e frutos do mar (e, nesse caso, camarão não é exceção).
Budismo Cristianismo IIslamismo Judaísmo Mundo Estranho Religião
Quais alimentos são proibidos pelas religiões? Cada fé tem suas regras ou restrições. Conheça a alimentação recomendada de quatro religiões. A ciência está mudando. O tempo todo. Acompanhe por SUPER e também tenha acesso aos conteúdos digitais de todos os outros títulos Abril* Ciência, história, tecnologia, saúde, cultura e o que mais for interessante, de um jeito que ninguém pensou.
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O que Testemunha de Jeová não pode comer?
Diferentemente do que foi publicado na matéria ‘Café, carne de vaca e ketchup: 10 religiões e suas restrições alimentares’, não existem alimentos proibidos para as Testemunhas de Jeová.
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Porque católico não pode comer carne?
A abstenção de carne na Sexta-Feira Santa acontece em respeito ao derramamento do sangue de Jesus Cristo durante o seu sacrifício.
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Qual é a religião que não comer carne?
“A soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. Quando se pensa em Pitágoras não tem como não lembrar das aulas de geometria e de seu famoso teorema. Mas o gênio matemático tinha outra faceta bastante inte-ressante. Além de ser conhecido por sua habilidade com os números, os historiadores também reconhecem Pitágoras, nascido por volta de 580 a.C., como o “pai da alimentação vegetariana”.
Por quase 2500 anos, europeus e americanos chamavam aqueles que seguiam o vegetarianismo de pitagóricos (ou pitagóricos). O termo vegetariano não era usado generalizadamente até a fundação da Sociedade Vegetariana Britânica, em 1847. O argumento de Pitágoras em favor da dieta sem carne tinha três “pontas” (como um triângulo): veneração religiosa, saúde física e responsabilidade ecológica.
E essas razões continuam a ser citadas hoje pelas pessoas que levam a vida sem carne. Os motivos que levam uma pessoa a adotar uma dieta vegetariana são diversos. Entre eles estão: saúde, meio ambiente, compaixão pelos animais e religião. Estudos científicos constantemente provam os benefícios que uma dieta vegetariana proporciona, que vão desde melhor desempenho nos esportes à reversão de doenças do coração; controle de peso: uma dieta isenta de produtos animais é pobre em gordura, o que reduz o conteúdo calórico da refeição.
Além disto, outros fatores, como o conteúdo de fibras da dieta, também contribuem para a redução e manutenção do peso ideal. Para obter a mesma quantidade de calorias, a pessoa precisa ingerir uma quantidade maior de alimentos, o que possibilita mais saciedade com menos calorias. Redução do risco de doenças do coração: além de ser mais pobre em gordura, uma dieta sem produtos animais (carnes, ovos, leite e derivados) é totalmente isenta de colesterol.
A abundância de fibras da dieta ainda ajuda o organismo a eliminar o colesterol excessivo. Diminuição do risco de desenvolver câncer: os alimentos de origem vegetal são muito ricos em vitaminas e minerais que são de fundamental importância para uma boa saúde.
- A baixa quantidade de gordura e a abundância de fibras presentes nestes alimentos também contribuem para a redução do risco de desenvolver várias formas de câncer.
- Há também outros benefícios, como a melhora da disposição e energia.
- Possibilita a descoberta de novos alimentos, reduz o risco ou ameniza os efeitos de doenças degene-rativas, como osteoporose, obesidade e hipertensão.
Reduz os sintomas ou elimina alergias e artrites, evita sofrimento de animais, reduz as agressões ao meio ambiente. Religião Segundo uma pesquisa minuciosa feita pelo site Sitio Veg, a alimentação vegetariana é frequentemente ligada à religião e a força dessa relação parece se vincular diretamente a idade da religião.
Por exemplo, o Islamismo, uma religião relativamente jovem – 1.300 anos, não tem cultura vegetariana forte. Maomé pregava a gentileza com os animais e uma vez salvou insetos do sofrimento, fazendo seus homens apagarem um fogo de cima de um formigueiro. Mas a maioria dos muçulmanos de hoje não consideram o vegetarianismo uma necessidade religiosa.
Os budistas, por outro lado, seguindo o exemplo de não violência de Gautama e a prática de não ferir outras criaturas viventes, têm praticado vegetarianismo por 2500 anos. Hinduísmo possui princípios vegetarianos que datam de 5000 anos nas escrituras Védicas, que defendem a abstinência de carne pregada aos adeptos.
- Judeus citam o primeiro capítulo do Gênesis como uma prescrição da dieta original: “E Deus disse, Eu vos dei cada semente de erva, que estão por toda a terra, cada árvore, nas quais estão os frutos de semente; para vocês elas servirão de comer” (Gênesis 1:29).
- O Cristianismo primitivo, com suas raízes na tradição judaica, viram o vegetaria-nismo de maneira similar – um jejum modificado para purificar o corpo.
Tertuliano (155-255 DC), Clemente de Alexandria (150-215 DC) e João Crisóstomo (347-407 DC) ensinaram que evitar a carne era uma maneira de aumentar a disciplina e a força de vontade necessária para resistir as tentações. Isso tornou as restrições dietéticas, como o vegetarianismo, muito comuns no comportamento cristão da época.
E essa crença foi passada adiante ao longo dos anos de uma forma ou de outra – por exemplo, a proibição de carne (exceto peixe) da Igreja Católica Romana nas sextas durante a Quaresma. As ligações de religiões com o vegetarianismo se tornaram popular na Inglaterra do século quinze, a qual é provavelmente a época do nascimento do vegetarianismo moderno.
Thomas Tryon (1634-1703), um filosofo autodidata e aluno do místico protestante Jakob Boehmen, declarou em 1657: “a voz da sabedoria (.) me conclamou ao isolamento e auto-negacão.(.) Eu me dispus a somente água para beber e abandonei todo o tipo de carne ou peixe, confinando-me a uma vida de abstemia e de negação do ego”.
Seu livro, O Caminho da Saúde, publicado em 1691, advogava uma dieta vegetariana e era amplamente lido pelos pensadores da época. Ele até mesmo influenciou o jovem Benjamin Franklin (1706-1790) a se tornar um “tryonista” por algum tempo. A mensagem de Tryon também influenciou o Dr. George Cheyne (1671-1743), um famoso médico de Londres.
Anos de indulgência o deixaram com aproximadamente 250 quilos; assim ele decidiu seguir a dieta vegetariana descrita por Tryon. O sucesso de Cheyne o levou a publicar, em 1724, o Ensaio sobre Saúde e Vida Longeva, recomendando uma dieta sem carne. O fundador da Igreja Metodista, John Wesley, foi paciente de Cheyne e convertido ao vegetarianismo.
- Cheyne contava com outros luminares, Pope, Swift e Hume como amigos, e resultou em vários pensadores e escritores da Inglaterra que começaram a elogiar, quando não praticavam, a dieta vegetariana.
- O ensaio de Cheyne espalhou a controvérsia entre os afiliados da Sociedade Real de Londres, onde era debatido acaloradamente.
Aparentemente, a argumentação de Cheyne convenceu o Dr. Antonio Cocchi, de Florença. Sua primeira visita à Sociedade, como convidado de seu presidente, Sir Isaac Newton, ocorreu durante uma dessas discussões. Alguns anos depois, em agosto de 1745, seguindo seu retorno a Florença, Cocchi deu uma palestra sobre as virtudes da dieta “pitagórica”, produzindo um reavivamento do vegetarianismo italiano.
Sua palestra, sem duvida, ecoou os sentimentos de seu conterrâneo Leonardo da Vinci (1452-1519), que por vários anos antes decla-rou: “Eu tenho desde criança abandonado o uso da carne e um dia os homens verão o assassinato dos animais da mesma forma como veem hoje o assassinato dos humanos.” O livro de Cheyne continuou popular e ainda estava sendo impresso 46 anos depois de sua publicação inaugural.
Dentre aqueles influenciados pelas suas recomendações estava o Dr. William Lambe (1765-1847), que disse que “o uso da carne dos animais é um desvio das leis de sua natureza, e é uma causa universal de doenças e mortes prematuras”.
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Quando o católico não pode comer carne?
A Igreja Católica não recomenda o jejum de carne apenas na semana santa, na sexta-feira e no sábado de aleluia. Ao contrário do que muitos pensam, ela recomenda a abstinência de carne em todas as sexta-feiras do ano.
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