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Como se forma a nitrosamina?

Contaminação de produtos de higiene e cosméticos por n-nitrosaminas N-nitrosamines; cosmetic products; analytical methods

  • REVISÃO
  • Contaminação de produtos de higiene e cosméticos por n-nitrosaminas
  • Contamination of cosmetics and personal care products by n-nitrosamines
  • Susanne Rath; Larissa S. Canaes
  • Departamento de Química Analítica, Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, CP 6154, 13084-971 Campinas – SP, Brasil
  • ABSTRACT

N-nitrosamines are carcinogenic compounds that have been found during the last three decades in a variety of consumer products, including cosmetic and personal care products, and their raw materials. These compounds are formed from amine precursors and nitrosating agents present in the formulations.

  1. Keywords: N-nitrosamines; cosmetic products; analytical methods.
  2. INTRODUÇÃO
  3. As N-nitrosaminas são compostos N-nitrosos, considerados potentes carcinógenos, que podem estar presentes em uma grande variedade de produtos como alimentos, bebidas, medicamentos, amostras biológicas como saliva, sangue e tecidos; agrotóxicos, produtos de borracha, amostras ambientais como solo, água, efluentes e ar; cosméticos, entre outros.

As N-nitrosaminas tornaram-se objeto de intensivos estudos toxicológicos nos últimos cinquenta anos, mais precisamente a partir de 1954, quando os cientistas britânicos Magee e Barnes reportaram, de forma inédita, sobre a associação entre danos hepáticos em ratos e a N-nitrosodimetilamina (NDMA).1 Dois anos mais tarde, os mesmos pesquisadores confirmaram a indução de tumores hepáticos em ratos que foram alimentados com NDMA.2 Durante o período de 1957 a 1962, na Noruega, observou-se que animais alimentados com ração de peixe, à qual tinha sido adicionada de elevadas concentrações de nitrito, apresentaram desordens hepáticas e câncer.

Estudos revelaram que a ração estava contaminada com NDMA, que foi formada a partir da nitrosação de aminas presentes na ração.3 Durante a década de 60, muitos outros relatos ocorreram quanto à presença e formação de N-nitrosaminas em ração, o que motivou cientistas de todo mundo a investigar a presença destes compostos em outras matrizes, o que de fato se comprovou.

N-nitrosaminas foram encontradas na cerveja comercializada na Alemanha e em diferentes tipos de alimentos, especialmente produtos cárneos curados.

  • A indústria de cosméticos não ficou de fora desta problemática e tomou ciência da possível presença de N-nitrosaminas em cosméticos em um Encontro da Sociedade Americana de Químicos ( American Chemical Society ), em 1977, quando foi reportada por Fine, pela primeira vez, a contaminação de produtos de higiene e cosméticos pela N-nitrosodietanolamina (NDELA).4
  • Desde então, diversas N-nitrosaminas foram encontradas em cosméticos em todo mundo e o assunto continua sendo amplamente discutido.
  • O presente artigo de revisão apresenta uma discussão sobre a formação e ocorrência de N-nitrosaminas em diversas formulações cosméticas e produtos de higiene, bem como os principais métodos para determinação desses compostos, aspectos toxicológicos e de legislação, assim como dados quanto ao nível de concentração destes contaminantes tóxicos encontrados em diferentes formulações.
  • PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DAS N-NITROSAMINAS

As N-nitrosaminas são compostos N-nitrosos alifáticos ou aromáticos que apresentam um grupo funcional nitroso ligado a um átomo de nitrogênio. As propriedades físico-químicas dependem dos radicais ligados ao átomo de nitrogênio, sendo que as N-nitrosaminas podem se encontrar nas formas sólida, líquida ou gasosa.5 As N-nitrosaminas podem ser sintetizadas a partir do ácido nitroso e aminas secundárias.

  • O primeiro relato da síntese de N-nitrosaminas data de 1853.6 De modo geral, as N-nitrosaminas são estáveis em meios neutros e fortemente básicos e, portanto, uma vez formadas são dificilmente destruídas.
  • No entanto, se decompõem lentamente quando expostas à radiação ultravioleta formando aldeídos, nitrogênio e óxido nitroso, ou aminas e ácido nitroso.5,7 Em meio fortemente ácido ocorre clivagem do grupo nitroso, sendo que a reação pode ser catalisada pela presença de nucleófilos como iodeto, tiocianato, brometo e/ou cloreto.

Um reagente comumente utilizado para destruir N-nitrosaminas é o ácido bromídrico em ácido acético glacial.7 As estruturas das N-nitrosaminas mais comumente encontradas em cosméticos e produtos de higiene estão apresentadas na,8-10 As N-nitrosaminas são geralmente formadas e/ou sintetizadas pela reação de uma amina secundária com agentes nitrosantes, como nitrito. Uma vez que o agente nitrosante é formado a partir de duas moléculas de ácido nitroso, a reação total é de segunda ordem em relação à concentração deste. A reação de formação da N-nitrosamina depende do pH, uma vez que é favorecida quando a amina se encontra na sua forma não protonada (meio básico) e quando ocorre a formação do anidrido nitroso a partir do nitrito (favorecido em meio ácido). O pH ótimo de nitrosação em meio aquoso para aminas que apresentam um pKa > 5 é na faixa de 3,0 a 3,4; ou seja, próximo do pKa do ácido nitroso. Para um mesmo pH, a velocidade de nitrosação da amina aumenta em função da diminuição da basicidade da mesma.11,12 A reação de nitrosação de aminas secundárias pode ser catalisada por ânions nucleofílicos como tiocianato, cloreto, brometo e outros.11-13 Como potentes inibidores da reação de nitrosação destacam-se o ácido ascórbico, α-tocoferol, ácido sulfâmico, entre outros. Esses compostos competem com a amina pelo agente nitrosante.11-13 As reações envolvidas serão discutidas mais adiante. ASPECTOS TOXICOLÓGICOS Os compostos N-nitrosos e, em particular, as N-nitrosaminas, são considerados potentes carcinógenos, além de apresentarem ação teratogênica e mutagênica em animais de laboratório.14-16 Efeitos carcinogênicos de N-nitrosaminas já foram observados em mais de 40 espécies de animais, inclusive em macacos.14 As N-nitrosaminas, de modo geral, requerem ativação metabólica para exercerem sua ação carcinogênica (). A primeira etapa da biotransformação envolve uma hidroxilação do carbono α do grupo alquila, catalisada pela mono-oxigenase de função mista do Citocromo P450, principalmente o CYP2E1 e sua isoforma CYP2A6, formando um aldeído ou cetona e uma N-nitrosamina primária, instável, a qual tautomeriza para um alquildiazoidróxido. Este azoidróxido pode dar origem a um íon diazônio que pode levar à alquilação de sítios nucleofílicos do DNA, RNA e proteínas.11 Esta biotransformação é considerada a etapa fundamental na iniciação do câncer. No caso da NDELA, foi verificado que a β-oxidação é a principal via de disposição metabólica em roedores.17 A conversão da NDELA para N-nitroso-N-2-hidroxietilglicina ocorre via formação da N-nitroso(2-hidroxietil)-N(formilmetil)amina, a qual existe em equilíbrio com o seu hemiacetal cíclico, a N-nitroso-2-hidroximorfolina. A β-oxidação é catalisada preferencialmente pelo aldeído desidrogenase nas frações microssomais hepáticas (S9) de roedores do que pelas mono-oxigenases microssomais.18 A indução de tumores pode ocorrer em diferentes órgãos, dependendo da estrutura química da N-nitrosamina, da dose, da via de exposição e da espécie animal. Embora não existam evidências diretas da incidência de câncer em humanos, como resultado da exposição às N-nitrosaminas, presume-se que o homem também seja sensível à ação tóxica desses compostos.16,19 As N-nitrosaminas são absorvidas rapidamente no trato gastrointestinal e também através da pele.20 A NDELA é absorvida pela pele e acumulada em órgãos como fígado, bexiga e outros, onde induz efeitos tóxicos crônicos. Dietanolamina e trietanolamina, comumente encontrada como matéria-prima de produtos cosméticos, não são consideradas carcinogênicas, mas podem causar irritação na pele e nas mucosas, além de servirem como precursoras da formação de N-nitrosaminas.10 Embora muitas N-nitrosaminas avaliadas sejam consideradas carcinogênicas em animais de laboratórios, o efeito adverso causado pela presença desses compostos em produtos cosméticos depende de vários fatores, como estrutura do composto, concentração, tipo de formulação cosmética, frequência de uso do produto, grau de absorção da N-nitrosamina pela pele e estabilidade frente à radiação UV.21 A NDELA é carcinogênica em ratos após administração oral e em hamsters após injeção subcutânea. Foram observados nos ratos carcinomas hepatocelulares e adenomas renais e nos hamsters, adenocarcinomas na cavidade nasal, tumores na traquéia, adenomas hepatocelulares e fibrosarcomas locais.22 A N-nitrosomorfolina (NMOR) é carcinogênica em camundongos, hamsters e várias espécies de peixe. Foi observada, após administração oral, a formação de tumores malignos e benignos no fígado, pulmão e vasos sanguíneos em ratos. Além disso, foi verificado que a NMOR é carcinogênica após administração em uma única dose.22 A NDEA e a NDMA são carcinogênicas em todos os animais testados, entre esses ratos, camundongos, hamsters, coelhos, macacos, peixes, sapos, porcos, cães e aves. Os principais órgãos afetados são o fígado, trato digestório e rins.22 N-nitrosaminas em produtos de higiene e cosméticos A palavra “cosmético” deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “hábil em adornar”. Há milhares de anos homens e mulheres vêm utilizando cosméticos. Arqueólogos encontraram em túmulos egípcios de aproximadamente 3.500 a.C. sinais do uso de pintura para os olhos e unguentos aromáticos.23 Muitos estudos foram conduzidos após a primeira confirmação da presença de NDELA em cosméticos em 1977 e foi comprovado o potencial de nitrosação de várias matérias-primas empregadas na indústria cosmética. Em alguns casos, as N-nitrosaminas são formadas pela nitrosação de componentes primários de matéria-prima, enquanto em outras situações a presença é decorrente da matéria-prima contaminada por aminas nitrosáveis. Entre as aminas nitrosáveis em cosméticos destacam-se os emulsificadores trietanolamina e dietanolamina. Embora a reação de nitrosação da trietanolamina seja mais lenta, por ser uma amina terciária, esse emulsificador muitas vezes contém como contaminante a dietanolamina, amina secundária facilmente nitrosável.21 Entre os possíveis agentes nitrosantes em cosméticos destacam-se os conservantes gem -nitroalogenados como o 2-bromo-2-nitro-1,3 propanodiol (Bronopol ® ) e o 5-bromo-5-nitro-1,3 dioxano (Bronidox ® ). Tem sido verificada a formação da NDELA a partir da liberação de nitrito destes conservantes com posterior reação com dietanolamina ou trietanolamina.24,25 Mais de 8000 matérias-primas são usadas na formulação de produtos cosméticos. Muitas destas são potenciais fontes da formação de N-nitrosaminas, entre essas, amidas, alcanolaminas, alcanolamidas de ácido graxos, óxidos de amina e aminas. Essas matérias-primas têm as funções de: espessantes, umectantes, emolientes, tensoativos, estabilizadores de espuma, hidratantes, lubrificantes, protetores de pele e anti-irritantes. De modo geral, as matérias-primas usadas na indústria cosmética variam em grau de pureza e, assim, algumas trietanolaminas podem conter dietanolaminas em uma percentagem que chega até 15%. A amina secundária pode sofrer nitrosação e, assim, ser responsável pela presença de N-nitrosaminas na formulação.21 Como potenciais agentes nitrosantes em cosméticos destacam-se o nitrito, óxidos de nitrogênio, alquil nitritos e nitrocompostos. Nitritos podem estar presentes como contaminantes em matérias-primas de cosméticos como resultado de estocagem em recipientes tratados com nitrito ou como impureza resultante de reações de nitração durante o processo de síntese. Um estudo realizado com quatorze diferentes matérias-primas orgânicas revelou que 14% de um total de 114 amostras continham nitrito em uma concentração superior a 50 µg kg -1, Matérias-primas inorgânicas e pigmentos usados como ingredientes em cosméticos também podem ser fontes de nitrito em produtos acabados. Em um estudo realizado com 63 matérias-primas inorgânicas, o nitrito foi encontrado em 70% das amostras analisadas em níveis de concentração acima de 1 mg kg -1, Entretanto, foi verificado que o nitrito proveniente de pigmentos inorgânicos não contribui significativamente para formação de N-nitrosaminas em produtos cosméticos.21 O 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol libera nitrito lentamente com o tempo e, portanto, é um agente nitrosante in situ em produtos cosméticos contendo esse conservante. Óxidos de nitrogênio, presentes normalmente no ar, especialmente em ar poluído, são também considerados potentes agentes nitrosantes em cosméticos. O anidrido nitroso (N 2 O 3 ) e dióxido de dinitrogênio (N 2 O 4 ) são capazes de nitrosar aminas em condições alcalinas e o NO 2 é prontamente absorvido do ar pela trietanolamina. Uma vez o cosmético aplicado na pele, a água da emulsão cosmética evapora, deixando essencialmente uma camada não aquosa. O óxido de nitrogênio, facilmente absorvido por matrizes não polares, pode nitrosar aminas presentes na formulação e ser responsável pela formação de N-nitrosaminas in situ.21 Estudos adicionais sugerem que outros agentes nitrosantes podem se formar em produtos cosméticos a partir de reações de componentes das matérias-primas, como alcanolaminas, com nitrito ou óxidos de nitrogênio para produzir alquil nitritos. Alquil nitritos são efetivos agentes nitrosantes, mesmo em condições não ácidas.21 A formação de N-nitrosaminas em matrizes cosméticas é complexa porque muitas formulações são constituídas de emulsões, ou seja, contendo uma fase aquosa e outra não aquosa (oleosa). Enquanto aminas, como dietanolamina e trietanolamina, e também nitrito são solúveis na fase aquosa, alcanolamidas ácidas de cadeias longas e óxidos de nitrogênio são encontrados na fase oleosa. Isto sugere que exista provavelmente mais de um mecanismo que explique a formação de N-nitrosaminas em matrizes cosméticas, dependendo fundamentalmente dos precursores e de suas solubilidades relativas em cada fase.21 Estudos realizados por Powell 26 constataram que a trietanolamina, contendo aproximadamente 15% de dietanolamina, não é nitrosada pelo nitrito para formar N-nitrosodietanolamina (NDELA) em sistemas não aquosos. Entretanto, seguindo com a adição de ácido esteárico, ocorre a formação de NDELA. Neste caso, o ácido esteárico interage com o nitrito carregando o agente nitrosante para a fase não aquosa. Pelas mesmas razões, a nitrosação de óleos solúveis trietanolamina-estearato ocorre mais rapidamente em solventes não polares. A presença de surfactantes também afeta a nitrosação de aminas em sistemas de emulsão, pelo fato de alterarem a distribuição dos precursores nas duas fases. Apesar da velocidade de nitrosação em matrizes cosméticas ser muitas vezes lenta é importante considerar que os produtos cosméticos podem permanecer estocados por um extenso período de tempo e que durante esse período a reação, desde que contenha os precursores presentes, continua se processando. A reação pode ser acelerada pela temperatura. Um protetor solar contendo como ingrediente ativo o 2-etilexil 4-(N,N-dimetilamino) benzoato (Padimato O) e 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol foi analisado em 1987, sendo que não foi detectada a presença de N-nitrosaminas nesta ocasião. Quando o mesmo produto foi analisado após 3 anos, apresentou uma concentração de 8 mg kg -1 de N-nitrosaminas derivadas de uma amina secundária tipicamente encontrada no Padimato O. Portanto, os produtos que podem ser expostos ao sol e temperatura podem levar à formação de elevados níveis de N-nitrosaminas durante o período de estocagem. Produtos sazonais como protetores solares que não são vendidos até o final do verão podem ser estocados até o ano seguinte e as condições de armazenamento podem afetar os níveis de N-nitrosaminas nestes produtos.21 Além desses fatores, também existem compostos que têm a habilidade de catalisar reações de nitrosação, como é caso de ânions nucleofílicos, entre esses, tiocianato, cloreto e brometo. A velocidade de nitrosação é dependente da basicidade da amina. Assim sendo, a velocidade de nitrosação, na presença do catalisador, foi incrementada para as aminas fracamente básicas.13 Ainda, foi verificado que a nitrosação de dialquilaminas de cadeia longa pode ser acelerada pela presença de surfactantes que formam agregados micelares. A extensão do efeito catalítico depende do tamanho da cadeia da amina, uma vez que estas se tornam mais solúveis na fase micelar à medida que a cadeia aumenta. O aumento da velocidade de nitrosação pode ser explicado, em parte, através das interações eletrostáticas na superfície da micela, as quais desestabilizam a amina protonada em relação a sua forma livre, assim como também pela maior solubilidade do agente nitrosante (anidrido nitroso) na fase micelar.13 Produtos cosméticos são geralmente protegidos contra contaminação por bactérias e fungos, através da adição de conservantes que podem ou não liberar formaldeídos. Geralmente o pH do meio se encontra na faixa de 6 a 8. O conservante 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol tem sido extensivamente avaliado acerca do seu papel na formação de N-nitrosaminas 27 visto que, em pH alcalino, o composto sofre decomposição liberando formaldeído e nitrito.28 Foi comprovada a formação de NDELA a partir da presença de dietanolamina em pH 6.29 No entanto, a formação de N-nitrosaminas pode ser inibida com a adição de inibidores de nitrosação à formulação cosmética, como ácido sulfâmico, sulfamato de amônio, ácido tânico, α-tocoferol, ácido ascórbico, entre outros. Os inibidores reduzem rapidamente o agente nitrosante. Entre os inibidores, o ácido ascórbico tem sido o mais estudado. A reação envolvida está apresentada a seguir (5): Uma vez que o NO pode ser reoxidado pelo ar atmosférico ao anidrido nitroso, é importante que um excesso de ácido ascórbico seja adicionado para inibir a nitrosação em sistemas que sejam expostos ao ar.12 Alguns estudos têm identificado inibidores de nitrosação eficazes para produtos cosméticos.

Para emulsões cosméticas são necessários inibidores para as fases hidrofóbicas e hidrofílicas, para garantir que a inibição seja eficiente em ambas as fases. Muitos inibidores solúveis em água têm sido avaliados, incluindo ácido ascórbico, ascorbato de sódio, sorbato de potássio, bissulfito de sódio e propil galato.29-33 Os inibidores solúveis em óleo que têm sido investigados incluem butil-hidroxitolueno (BHT), butil-hidroxianisol, α-tocoferol, e ascorbil palmitato.31,34,35 Ácido ascórbico e bissulfito de sódio foram os mais eficientes, inibindo a nitrosação em praticamente 99%.

Butil-hidroxitolueno, α-tocoferol, ascorbato de sódio e ascorbil palmitato foram inibidores eficazes em alguns casos, mas não em todos os sistemas estudados. A ação inibidora do ácido ascórbico sobre a reação de nitrosação de aminas foi descoberta acidentalmente na formulação do analgésico aminopirina, quando foi impedida a formação de NDMA.

Posteriormente, foi observado que esta vitamina inibia fortemente a formação de compostos N-nitrosos a partir da maioria das aminas e amidas.36 Também foi verificado que a administração conjunta de ácido ascórbico e aminas ou amidas em animais inibe os efeitos hepatotóxicos, carcinogênicos e teratogênicos provenientes da síntese endógena de N-nitrosaminas ou nitrosamidas.37 Para garantir a diminuição da formação de N-nitrosaminas nos produtos cosméticos é importante que sejam tomados cuidados, como redução do uso de agentes nitrosantes responsáveis pela formação de N-nitrosaminas como nitrito, gases nitrosos (NO x ) e/ou conservantes que liberam nitrito (compostos gem -nitroalogenados); substituição de aminas facilmente nitrosáveis por outras aminas que são menos facilmente nitrosáveis, por exemplo, aminas primárias 38 e controle da matéria-prima quanto à presença de N-nitrosaminas.

Dunnett e Telling 35 realizaram um estudo para avaliar a eficiência do butil-hidroxitolueno, α-tocoferol e ascorbato em inibir a formação de N-nitrosaminas em cosméticos que continham 0,01% do conservante 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol. Os autores verificaram que a adição de 0,01% de butil-hidroxitolueno, 0,01% de ascorbato e 0,2% de α-tocoferol no cosmético que continha 0,05% de 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol inibe a formação de NDELA (concentração menor que 2,5 µg kg -1 ).

Ainda, uma vez que o ascorbato ou butil-hidroxitolueno, em concentrações elevadas, provocam o escurecimento do produto cosmético, devido à oxidação, é recomendado que o teor de 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol adicionado seja menor do que 0,01% e seja usado α-tocoferol em uma concentração de 0,2% ou butil-hidroxitolueno de 0,02 a 0,1%.

Challis e colaboradores estudaram a cinética de nitrosação da morfolina em meio aquoso (pH 5-7) na presença de nitrito e formaldeído e verificaram que o processo segue quatro rotas distintas (). Três rotas envolvem uma nitrosação eletrofílica da amina neutra ou N-hidroximetilamina, formada previamente pela reação da amina com formaldeído.

  • A outra possibilidade envolve uma reação nucleofílica do íon nitrito com um íon imínio derivado da N-hidroximetilamina.
  • Sendo assim, é necessário que dois tipos de inibidores sejam adicionados aos cosméticos para inibir de forma eficiente a formação de N-nitrosaminas: um composto sequestrador de XNO (antioxidantes) e um composto que reaja com o íon imínio (composto nucleofílico).39 Ocorrência de N-nitrosaminas em produtos cosméticos Devido à grande variedade de aminas contidas nas matérias-primas que são utilizadas em produtos de higiene e cosméticos, existe a possibilidade da formação de diversas N-nitrosaminas se agentes nitrosantes estiverem presentes.

Estudos realizados comprovaram que cosméticos que continham elevados níveis de N-nitrosaminas também continham elevados níveis de agentes nitrosantes. No entanto, não existe correlação consistente entre o total de agentes nitrosantes e níveis de N-nitrosaminas encontrados.21 Tem sido destacado o número de trabalhos publicados a respeito do teor de N-nitrosaminas em produtos de higiene e cosméticos, sendo que a maioria deles se relaciona com o teor de NDELA, NMOR e NDMA nestes produtos.10 Cabe ressaltar que a maioria dos dados foram publicados nas décadas de 80 e 90.

No entanto, os poucos artigos publicados nos últimos 5 anos indicam que o problema ainda não foi resolvido e que ainda se encontram no mercado cosméticos contaminados com N-nitrosaminas. Um estudo realizado pela agência norte americana FDA ( Food and Drug Administration ), no período de 1978 a 1980, detectou NDELA em 110 de 252 produtos contendo trietanolamina na formulação e 25 de 64 produtos não contendo essa amina terciária.40 Estudos realizados por Spiegelhalder e Preussmann 41 com produtos comercializados na Alemanha comprovaram a contaminação de um número considerável de produtos de higiene e cosméticos por N-nitrosaminas.

De 145 amostras analisadas, 50 (34,5%) continham NDMA, enquanto que 26 (18%) continham NMOR. A quantidade máxima encontrada para NDMA foi de 24 µg kg -1 e para NMOR foi de 640 µg kg -1, ambas em amostras de xampu. Apenas em 3 amostras foram encontradas outras N-nitrosaminas de baixa massa molar: N-nitrosodietilamina (15 µg kg -1 ) em uma amostra de creme para banho e ambas N-nitrosodi- n -propilnitrosamina (35 µg kg -1 ) e N-nitrosodi- n -butilnitrosamina (15 µg kg -1 ) foram detectadas em uma amostra de espuma para banho.

A NDELA foi encontrada em 25 amostras (17%), sendo a maior concentração (1400 µg kg -1 ) encontrada numa amostra de produto para banho infantil.41 Em outro estudo foram avaliados cosméticos comercializados na Alemanha no ano de 1986 e foi verificado que 40% estavam contaminados com NDELA em concentrações variando de 7 a 2000 µg kg -1,

Depois do Ministério da Saúde da Alemanha (BGA, Bundesgesundsheitamt ) ter recomendado o não uso de aminas secundárias em cosméticos, um novo estudo foi realizado, em 1987, onde foi verificado que apenas 13% dos produtos cosméticos disponíveis no mercado da Alemanha continham NDELA em concentrações na faixa de 10 a 235 µg kg -1,42

  1. Em outro trabalho foi relatada a contaminação de cosméticos por NDELA em uma concentração de até 47000 µg kg -1,4,43
  2. Na análise de protetores solares (loções) comercializados em Israel foi verificada a presença de NDELA em 3 das 20 amostras analisadas em uma concentração na faixa de 17 a 27 µg kg -1,44
  3. Em pesquisa realizada com cosméticos incluindo géis, loções, xampus, cremes, condicionadores e espumas para banho disponíveis no mercado holandês foram constatadas a presença de NDELA em níveis de 46 a 7644 µg kg -1, sendo que os níveis mais altos foram encontrados em amostras de gel para cabelo, seguido das amostras de gel de banho.45

No entanto, níveis bem menores foram detectados por Wang e colaboradores em amostras de xampu, espuma de banho e cremes para pele. A média dos valores encontrados foi de 1,26; 1,49; 3,43; e 2,49 mg L -1 para N-nitrosodietanolamina (NDELA), N-nitroso-bis-(2-hidroxipropilamina (NBHPA), N-nitrosodi- n -propilamina (NDPLA) e N-nitrosodifenilamina (NDPHLA), respectivamente.46 Embora alguns produtos não apresentem contaminação por N-nitrosaminas, foi verificado que produtos estocados por certos períodos podem levar à formação desses compostos.

Matyska e colaboradores 10 verificaram a presença de NDELA em cosméticos estocados por 5 e 15 anos. ASPECTOS DE LEGISLAÇÃO As estruturas que regulam os cosméticos diferem significativamente entre os países e estão longe de estarem harmonizadas. De modo geral, os produtos cosméticos estão sujeitos a controles regulatórios em todos os países, visando garantir a segurança de uso dos produtos e evitar efeitos adversos sobre a saúde dos consumidores.

É importante destacar que a falta de harmonização entre os mercados pode levar a barreiras alfandegárias.47 Enquanto produtos específicos podem ser incluídos na categoria de cosméticos em um país, em outros, o mesmo produto pode ser classificado como medicamento, quasi-medicamento ( Quasi-drug ) ou até mesmo medicamento vendido sem prescrição médica (OTC, Over-the-counter drug ) ().

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De acordo com a classificação, os produtos estão sujeitos a diferentes regimes regulatórios, o que pode alterar desde os requerimentos para sua aprovação, até limitar o uso de determinados ingredientes na sua formulação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), “Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado”.

(Anexo I da Resolução 211 – DOU 14/07/05 – ANVISA). Estes são classificados, de acordo com os artigos 3º e 26º da Lei 6.360/76 e artigos 3º, 49º e 50º do Decreto 79094/77.48 Os produtos cosméticos estão enquadrados em quatro categorias: 1 – Produtos de higiene; 2 – Cosmético; 3 – Perfume e 4 – Produto de uso infantil.

São classificados quanto ao grau de risco que oferecem: Grau 1 – Produtos com risco mínimo e Grau 2 – Produtos com risco potencial. Os critérios para essa classificação foram definidos em função da finalidade de uso do produto, áreas do corpo abrangidas, modo de usar e cuidados a serem observados, quando de sua utilização (Resolução nº 79, de 28 de agosto de 2000 – ANVISA).48 Na Comunidade Européia a estrutura regulatória é fornecida pela Diretiva 76/768/EEC e de seus subsequentes adendos.

A regulação de substâncias é baseada em listas positivas e negativas.47 A Agência Americana (FD&C Act, Food, Drugs and Cosmetic Act ) define duas categorias: cosméticos e medicamentos, incluindo na última categoria também os OTC. Em 1979, o FDA dos Estados Unidos publicou uma portaria solicitando às indústrias ações para reduzir os níveis de NDELA em produtos de uso pessoal.

Estas indústrias foram obrigadas a tomar medidas imediatas para eliminar a possível existência de NDELA e outras N-nitrosaminas em produtos cosméticos.49 Mais tarde, o Ministério da Saúde na Alemanha ( BGA), em 1987, também publicou várias recomendações para a indústria cosmética no intuito de reduzir os níveis de N-nitrosaminas presentes nos produtos.

Estas recomendações consideravam que aminas secundárias não deveriam ser utilizadas nesses produtos. Ácido graxos de dietanolamidas deveriam conter um teor menor possível de dietanolamina, a pureza da trietanolamina deveria ser maior que 99%, e que todos esses produtos deveriam conter menos de 1% de dietanolamina, menos de 0,5% de monoetanolamina e menos de 50 µg kg -1 de NDELA.50 Já em 1992, a Comissão Européia publicou diretrizes legais para restringir a ocorrência de N-nitrosaminas em cosméticos e regulamentar a pureza da matéria-prima.

A diretriz 92/86/EEC preconiza que os produtos cosméticos devem ser ausentes de N-nitrosaminas e a matéria-prima não deverá conter mais do que 50 µg kg -1 de NDELA.51 No entanto, atualmente, diretrizes das agências reguladoras como ANVISA e da Comunidade Européia apenas estabelecem valores limites de contaminantes, entre esses N-nitrosaminas, em matérias-primas destinadas à formulação de produtos de higiene ou cosméticos.

O valor máximo permitido de N-nitrosaminas em matérias-primas é de 50 µg kg -1, Não existem recomendações para um limite máximo de resíduo aceitável de N-nitrosaminas em produtos acabados. A apresenta algumas recomendações, seguidas hoje em dia, pelas indústrias de produtos cosméticos, com relação às matérias-primas que são os principais precursores de N-nitrosaminas.48,51 Como pode ser observado, não existem dados a respeito do teor máximo de N-nitrosaminas permitida para produtos cosméticos.

Em outros países medidas preventivas foram tomadas em base aos resultados obtidos que indicaram a presença de N-nitrosaminas em diferentes formulações cosméticas. No Brasil, não existem dados disponíveis que tenham sido publicados, o que reforça a necessidade de estudos com relação à presença desses compostos presentes em cosméticos comercializados no Brasil.

MÉTODOS ANALÍTICOS Diversos métodos analíticos foram empregados no passado para a determinação semiquantitativa e quantitativa de N-nitrosaminas em matrizes diversas, incluindo a cromatografia em camada delgada, espectrofotometria, colorimetria e polarografia.52-54 A matriz mais estudada foi o alimento, principalmente os produtos cárneos curados.

Os métodos analíticos destinados para a determinação de N-nitrosaminas em produtos cárneos foram revisados recentemente por Rath e Reyes 55 e Dutra e colaboradores.56 O método colorimétrico clássico para a determinação de N-nitrosaminas envolve a reação de Griess. A reação envolve a clivagem química da ligação N-NO e reação do agente nitrosante com uma amina aromática formando um sal de diazônio.

Esse, por sua vez, na presença de uma outra amina aromática secundária, forma um azo composto que absorve na região do visível do espectro eletromagnético.57 Essa reação é limitada às concentrações de N-nitrosaminas na ordem de mg kg -1 e está sujeita a interferências da matriz.7 No entanto, todos esses métodos careciam de detectabilidade e não permitiam a determinação de N-nitrosaminas ao nível de traços.

Essa foi uma limitação no século passado, logo quando foi evidenciada a contaminação de diversos produtos por N-nitrosaminas, principalmente alimentos. Apenas com o desenvolvimento de métodos cromatográficos associados a diferentes sistemas de detecção, sensíveis e seletivos, essa limitação foi superada e métodos confiáveis puderam ser estabelecidos.

Para fins analíticos, as N-nitrosaminas são divididas em voláteis e não voláteis, sendo as últimas consideradas todo composto N-nitroso não destilável em um sistema aquoso. Tais compostos incluem dialquilnitrosaminas de cadeia longa, N-nitrosopeptídeos e N-nitrosoderivados de bases orgânicas.

As diferenças nas propriedades físico-químicas desses compostos dificultam o estabelecimento de métodos analíticos de aplicação geral.37 Devido à confirmação da presença de NDMA em alimentos e bebidas, na década de 70, os primeiros métodos desenvolvidos foram focados na determinação de N-nitrosaminas voláteis em alimentos.

De modo geral, esses métodos eram baseados na extração das N-nitrosaminas da matriz alimento por destilação a vácuo ou óleo mineral e quantificação por cromatografia a gás (GC) associada a detectores como: ionização por chama (FID), termoiônico (TIC), condutividade eletrolítica de Coulson (CECD) e captura de elétrons (ECD).

  • Mais tarde foi desenvolvido o detector de quimiluminescência (TEA, Thermal Energy Analyzer ) por Fine e colaboradores, 58 que acabou se tornando o detector de primeira escolha por muitos anos para fins quantitativos, devido à sua seletividade e detectabilidade e até hoje tem tido aplicação.
  • O emprego deste sistema de detecção permitia simplificar o preparo de amostras.

Indubitavelmente, pelos motivos históricos apresentados, os métodos destinados à determinação de N-nitrosaminas voláteis tiveram uma maior atenção dos cientistas e, portanto, pode-se afirmar que, além de um maior número de artigos científicos publicados os métodos para essa finalidade tiveram um maior avanço.

  • O mesmo não ocorreu com os métodos voltados para a determinação de N-nitrosaminas não voláteis.
  • Um dos problemas no início era a associação do detector TEA ao sistema de HPLC.
  • Um segundo problema era o preparo de amostras, uma vez que seria necessária a quantificação de concentrações ao nível de µg kg -1 em matrizes complexas.

Basicamente, o detector TEA é composto de um pirolisador catalítico, uma armadilha, uma câmera de reação e um tubo fotomultiplicador. O princípio consiste na clivagem da ligação N-NO da N-nitrosamina no pirolisador catalítico, no qual é formado o radical nitrosila (NO,).

  1. Os subprodutos são removidos na armadilha.
  2. Por sua vez, o radical nitrosila, por intermédio de vácuo, é conduzido para a câmera de reação, na qual é oxidado na presença de ozônio para dióxido de nitrogênio no estado excitado (NO 2 * ).
  3. Quando a molécula decai para o seu estado fundamental, ocorre liberação de energia em um comprimento de onda de 600 nm.

Essa radiação é detectada no tubo fotomultiplicador, sendo que a intensidade da radiação é proporcional à concentração da N-nitrosamina. A detectabilidade do detector TEA situa-se ao nível de pg. Mesmo considerando a seletividade e detectabilidade do detector TEA, se faz necessária a confirmação de identidade do analito por espectrometria de massas.

Atualmente, os métodos mais importantes para a determinação de N-nitrosaminas em matrizes complexas, entre essas os cosméticos, envolvem a cromatografia líquida ou a gás associada à espectrometria de massas. Também existem métodos que empregam a cromatografia líquida de alta eficiência associada a detectores UV-Vis ou de arranjo de diodos, com e sem derivatização pós-coluna.

Flowers e colaboradores 59 desenvolveram um método usando a cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa para a determinação de NDELA em produtos de higiene. A detecção foi realizada em 540 nm, após clivagem fotolítica da ligação N-NO e reação do nitrito formado com o reagente de Griess (sulfanilamida e N-1-naftiletilenodiamina).

Vohra e Harrington 60 descreveram um método para a determinação de NDELA em cosméticos usando a cromatografia líquida de alta eficiência associada a um detector polarográfico. No caso de N-nitrosaminas não voláteis, como o caso da NDELA, reações de derivatização podem ser empregadas para permitir a determinação por cromatografia a gás.

Entre os reagentes derivatizantes têm sido empregados o anidrido acético e N-metilbistrifluoroacetamida.61 Os principais métodos para quantificação de N-nitrosaminas em cosméticos e produtos de higiene estão sumarizados na, A determinação de contaminantes em nível de traços em cosméticos e produtos de higiene requer anterior à etapa de quantificação, elaborado preparo de amostra que envolve a extração do analito da matriz, eliminação de interferentes e concentração.

Os procedimentos de preparo de amostra dependem não só do analito e da composição da matriz a ser analisada, como gel, creme, loções, óleos e emulsões, mas também da técnica analítica e do sistema de detecção utilizado para a quantificação. A maioria dos métodos descritos na literatura sobre o preparo de amostra de cosméticos foi direcionada para as N-nitrosaminas não voláteis NDELA e NMOR, uma vez que essas foram as N-nitrosaminas mais identificadas nessas matrizes.

De modo geral, diferentes procedimentos são conjugados, especialmente a extração líquido-líquido (LLE) e a extração em fase sólida (SPE). Os principais procedimentos de preparo de amostras cosméticas para quantificação de N-nitrosaminas, descritas na literatura, levam em consideração o estado físico (sólido ou líquido) e propriedades físico-químicas da amostra (solubilidade em meio aquoso).

A extração das N-nitrosaminas tem sido realizada por procedimentos de extração líquido-líquido com diclorometano, 10 éter de petróleo e acetato de etila 62 ou extração em fase sólida, empregando sílica gel 46,62,64, Extrelut ®45 e octadecilsilano.67,68 Também têm sido empregadas as separações em coluna de troca aniônica 41,64,69 e a dispersão da matriz em fase sólida.

Para o procedimento de preparo de amostra, utilizando método de extração em fase sólida, geralmente são tomados de 1,0 a 3,0 g de amostra. Para tanto, têm sido empregados tanto cartuchos de fase normal como de fase reversa. Anterior à percolação da amostra na fase estacionária do cartucho, a amostra é solubilizada em um solvente apropriado, agitada e centrifugada.

  • Quando são empregados cartuchos à base de sílica a amostra é solubilizada geralmente em acetato de etila.
  • A etapa de lavagem e eluição é realizada com a passagem de 20 mL de uma mistura acetona/diclorometano (60:40 v/v).
  • O eluato é concentrado sob fluxo de nitrogênio e ressuspenso na fase móvel anterior à quantificação.46 No caso do uso de cartuchos de fase reversa (octadecil) a amostra inicialmente é solubilizada em água e não são empregados solventes de lavagem para remoção de interferentes.

Geralmente é descartada a fração inicial do volume aplicado, visando a eliminação de alguns compostos mais polares.45,59,67 A desvantagem do uso de cartuchos de fase reversa é que as N-nitrosaminas mais polares como a NDELA e NMOR não têm afinidade suficiente pela fase estacionária para permitir sua concentração durante a etapa de limpeza.

  • Um resumo do preparo de amostras e métodos de quantificação está apresentado na,
  • Um ponto importante a ser considerado é a possível formação de artefatos (N-nitrosaminas) durante o preparo de amostras, o que deve ser inibido pela adição de ácido sulfâmico, ascorbato, hexiloxianilina ou outros inibidores de nitrosação anterior à etapa de preparo de amostras.45,66
  • Para quebrar emulsões e espuma têm sido empregado sais como o cloreto de sódio ou ultra-som.45,65
  • CONCLUSÕES

Há mais de três décadas tem sido relatada a presença de N-nitrosaminas em produtos de higiene e cosméticos em todo mundo e medidas preventivas têm sido adotadas para minimizar a contaminação destes produtos por essas substâncias carcinogênicas. No entanto, no Brasil, se estudos foram conduzidos para a avaliação de N-nitrosaminas em produtos de higiene e cosméticos, esses dados não foram publicados.

É importante ressaltar que medidas preventivas somente são eficazes quando estiverem associadas a programas de fiscalização. Na maioria dos países que monitoram a presença de N-nitrosaminas em produtos de higiene e cosméticos, verifica-se uma redução do teor destas ao longo dos anos, o que comprova que as indústrias têm controlado a matéria-prima, têm evitado o uso de substâncias que podem sofrer nitrosação e agentes nitrosantes nas formulações.

Os métodos analíticos para a determinação de N-nitrosaminas ganharam impulso quando foi evidenciado o potencial carcinogênico e mutagênico das N-nitrosaminas e quando essas foram detectadas em diversos tipos de alimentos. No entanto, as N-nitrosaminas encontradas em alimentos são na sua maioria N-nitrosaminas de baixa massa molar e voláteis.

Sendo assim, os métodos que receberam maior atenção durante os primeiros anos foram a cromatografia a gás acoplada aos detectores de ionização por chama e de condutividade eletrolítica. No entanto, foi somente após o desenvolvimento do detector de quimiluminescência TEA que métodos confiáveis e sensíveis foram estabelecidos, visando a determinação de N-nitrosaminas em matrizes diversas.

A seletividade deste sistema de detecção permitiu reduzir o preparo de amostras. Embora esse detector possa ser associado também ao cromatógrafo líquido de alta eficiência, esse sistema teve problemas quanto à interface e foi, em consequência, menos empregado e difundido no meio científico.

Ao contrário do que se verifica nos alimentos, as N-nitrosaminas que foram encontradas em cosméticos são as não voláteis, entre essas se destacam a N-nitrosodietanolamina e N-nitrosomorfolina. Indubitavelmente, essas duas N-nitrosaminas foram as mais estudadas, tanto quanto à presença, métodos analíticos e formação nos produtos.

Atualmente, o detector TEA tem sido substituído pelo espectrômetro de massas, por permitir além da quantificação, a confirmação de identidade. No entanto, o número de métodos publicados nos últimos anos é extremamente baixo. Em relação ao preparo de amostras de cosméticos para a determinação de N-nitrosaminas, têm sido empregadas, quase que exclusivamente a extração líquido-líquido e a extração em fase sólida.

  1. Os dados sobre a contaminação de cosméticos por N-nitrosaminas em diversos países apontam que o problema ainda não foi resolvido e que existe a necessidade do desenvolvimento de métodos analíticos que possam ser utilizados no controle de qualidade.
  2. Recebido em 8/10/08; aceito em 10/4/09; publicado na web em 17/9/09
  • *
  • : Contaminação de produtos de higiene e cosméticos por n-nitrosaminas
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    Onde encontramos nitrosaminas?

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nitrosaminas são compostos químicos cancerígenos de estrutura química R 2 N-N=O. Nitrosaminas são produzidas a partir de nitritos e aminas, A sua formação pode ocorrer apenas sob certas condições, incluindo condições fortemente ácidas tais como a do interior do estômago humano.

    O nitrito forma ácido nitroso (HNO 2 ), que se decompõem no cátion nitrosil (N=O+) e no ânion hidroxil (OH-). O cátion nitrosil então reage com a amina produzindo nitrosamina. Nitrosaminas são encontradas em diversos géneros alimentícios, especialmente cerveja, peixes e seus derivados, e nos derivados da carne e do queijo preservados com conservantes de sal de nitrito (ver nitrito de sódio ).

    Eles são formados quando a proteínas da comida reagem com os sais de nitrito no estômago.
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    O que são nitrosaminas e como são formadas as carnes curadas?

    São formados por carnes processadas e curadas, trazendo melhor qualidade sensorial e durabilidade. Na ‘cura da carne’, onde se é feito o processo de conservação do produto cárneo por adição de sal, são adicionados principalmente fixadores de cor (conhecidos como nitratos e/ou nitritos).
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    Quais alimentos possuem nitrosaminas?

    As nitrosaminas nos alimentos – Os nitratos e nitritos são compostos presentes naturalmente no organismo humano e também em alimentos vegetais. Os alimentos processados utilizam eles para a sua conservação. Continua Depois da Publicidade É improvável que os nitratos se transformem e se tornem perigosos.

    • Entretanto, as bactérias presentes na boca ou as enzimas no corpo podem convertê-las em nitritos – e estes sim podem ser perigosos.
    • Os nitritos podem ser transformados tanto em óxido nítrico, que é benéfico para o organismo, quanto em nitrosaminas.
    • Como vamos conferir mais abaixo, essas podem ser perigosas.

    Uma série de alimentos, como peixes, carnes curadas (especialmente bacon e salsicha), frituras, leite desidratado (em pó) sem gorduras, queijos conservados com sal de decapagem e cerveja podem conter as nitrosaminas.
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    Como surge o nitrato?

    O que são nitratos? – Os nitratos são compostos que possuem o ânion nitrato em sua composição (NO 3 – ), Embora existam nitratos tanto inorgânicos quanto orgânicos, os inorgânicos são os que mais se destacam. O nitrogênio presente apresenta NOx igual a +5 e esse ânion apresente geometria trigonal plana, conforme mostra a imagem a seguir, a qual representa a fórmula estrutural desse ânion. Por apresentar carga elétrica total negativa, os nitratos podem se ligar a cátions metálicos ou poliatômicos, como é o caso do cátion amônio, NH 4 +, A produção de nitratos pode ocorrer por meio de algumas reações inorgânicas, como de adição ou ácido-base.

    Produção do nitrato de amônio a partir da amônia gasosa (reação de adição):

    NH 3 (g) + HNO 3 (aq) → NH 4 NO 3 (aq)

    Produção do nitrato de sódio a partir do hidróxido de sódio (reação ácido-base):

    NaOH (aq) + HNO 3 (aq) → NaNO 3 (aq) + H 2 O (l) O nome nitrato foi dado em razão de esse ânion ser produzido a partir do ácido nítrico e, pelas regras da Iupac, caso um ácido possua sufixo -ico, seu ânion possuirá sufixo -ato. Veja também: Dióxido de enxofre — gás tóxico proveniente da queima de combustíveis fósseis e das indústrias
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    Quais as fontes de nitrato?

    Angela Smith-WelchBBC Future

    19 maio 2019 Qual A Origem Da Nitrosamina Na Carne Crédito, Getty Images Legenda da foto, A relação entre a saúde e o consumo de nitritos e nitratos é complexa, e não dá para dizer simplesmente que ‘fazem mal’ Quando você ouve falar de “nitrato” e “nitrito”, talvez o que venha à mente seja uma das aulas de química na escola ou algum tipo de fertilizante – dificilmente, você vai associar ao almoço ou jantar,

    • E, se você pensar nas refeições, é provável que venha uma imagem negativa, talvez pela recente campanha de cientistas e políticos britânicos para proibir o uso destes conservantes em carnes processadas, como bacon e presunto, por causa dos possíveis efeitos cancerígenos.
    • Mas a relação entre a saúde e o consumo de nitritos e nitratos é muito mais complexa.

    Não dá para dizer simplesmente que “fazem mal”. Por exemplo, o suco de beterraba tem alto teor de nitrato natural, que tem sido associado à redução da pressão arterial e ao aumento do rendimento esportivo. Os nitratos também são o princípio ativo de alguns medicamentos para a angina, condição em que a redução do fluxo sanguíneo causa dor no peito.

    Então, será então que os nitratos e nitritos realmente fazem mal para a saúde? Os nitratos e nitritos, como nitrato de potássio e nitrito de sódio, são compostos químicos naturais que contêm nitrogênio e oxigênio. Nos nitratos, o nitrogênio é ligado a três átomos de oxigênio, enquanto, nos nitritos, o nitrogênio é ligado a dois átomos de oxigênio.

    Ambos são conservantes usados na indústria alimentícia para inibir o crescimento de bactérias nocivas no bacon, presunto, salame e em alguns queijos. Diante de todo o furor em torno da carne processada, você pode imaginar que essa é a principal fonte de nitratos da nossa dieta.

    • Mas, na verdade, apenas cerca de 5% dos nitratos presentes na alimentação padrão são provenientes desta fonte – mais de 80% são de origem vegetal.
    • Crédito, Getty Images Legenda da foto, As cenouras são ricas em nitratos provenientes do solo em que são cultivadas Os legumes e verduras obtêm nitratos e nitritos do solo em que são cultivados.

    Os nitratos estão presentes em depósitos minerais naturais, enquanto os nitritos são formados por micro-organismos do solo que decompõem matéria orgânica de origem animal. Hortaliças como espinafre e rúcula costumam ter alto teor de nitrato, assim como aipo, beterraba e cenoura.

    1. Verduras e legumes orgânicos podem apresentar níveis mais baixos do que os não orgânicos, uma vez que seu cultivo não envolve fertilizantes à base de nitrato sintético.
    2. No entanto, há uma diferença importante em como os nitratos e os nitritos são adicionados às carnes processadas em comparação com os vegetais – e isso também afeta o efeito cancerígeno.

    Os nitratos são bastante inertes por si só, o que significa que é improvável que se envolvam em reações químicas no organismo. Mas os nitritos e as substâncias químicas formadas a partir deles são muito mais reativos. A maioria dos nitritos não são consumidos diretamente, mas convertidos a partir de nitratos pela ação de bactérias presentes na boca.

    1. Nesse sentido, uma pesquisa de 2013 mostra que o uso de enxaguante antibacteriano bucal pode reduzir fortemente a produção oral de nitritos.
    2. Quando engolimos os nitritos fabricados na nossa boca, uma das coisas que podem acontecer é eles reagirem no ambiente altamente ácido do estômago para formar nitrosaminas, que podem ter efeito cancerígeno, sendo relacionadas ao câncer de intestino.

    Crédito, Getty Images Legenda da foto, Cientistas britânicos fizeram campanha recentemente para proibir o uso de nitratos e nitritos em carnes processadas Mas, para que isso aconteça, é necessário que haja uma fonte de amina, substância química derivada da amônia encontrada em abundância em alimentos ricos em proteína.

    As nitrosaminas também podem ser produzidas diretamente nos alimentos, quando são preparados em fogo alto, como é o caso do bacon frito. “Não são os nitratos ou nitritos em si, depende da maneira como são preparados e do que há no seu entorno”, explica Kate Allen, diretora-executiva de ciência e relações públicas do Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer.

    “Por exemplo, os nitritos nas carnes processadas estão muito próximos das proteínas (mais especificamente, dos aminoácidos). Quando são cozinhados em altas temperaturas, isso permite que formem nitrosaminas, que é um composto cancerígeno.” Allen acrescenta, no entanto, que os nitritos são apenas uma das razões pelas quais as carnes processadas contribuem para o câncer de intestino, e sua importância nisso ainda é incerta.

    1. Outros fatores que podem colaborar incluem o ferro, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (que se formam em carnes defumadas) e aminas heterocíclicas (geradas quando a carne é frita ou grelhada em alta temperatura).
    2. Crédito, Getty Images Legenda da foto, O modo de preparo dos alimentos pode influenciar o efeito cancerígeno Também é importante colocar os riscos sob perspectiva.

    Embora a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classifique a carne processada como cancerígena, o risco é bem pequeno. No Reino Unido, por exemplo, seis em cada cem pessoas vão ter câncer de intestino ao longo da vida. Para aquelas que comem 50 gramas de carne processada (cerca de três fatias de bacon) diariamente, a chance é de sete em cem.
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    Onde encontramos nitrato na natureza?

    Nitratos. O azoto é abundante na natureza sob a forma gasosa (constituindo cerca de 80% da atmosfera), sob a forma de compostos orgânicos (por exemplo, proteínas e ácidos nucleicos) e sob a forma mineral ( nitratos, nitritos e amónio).
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    Como se formam as nitrosaminas quais são seus efeitos na saúde do consumidor?

    Processo de fornação endóxgena – A formação endógena de compostos N-nitrosos começa quando os nitratos são reduzidos a nitritos por microrganismos da cavidade oral e esses nitritos são posteriormente transformados em óxido nítrico no estômago devido às condições ali existentes.

    Em circunstâncias específicas, como gastrite crônica, os nitritos podem ser oxidados no estômago em agentes nitrosantes (N 2 O 3, N 2 O 4 ) e reagir para formar compostos N-nitrosos. Esta reação ocorre com precursores nitrosáveis, que incluem uma grande variedade de componentes dietéticos, tais como: aminas secundárias encontradas em peixes, ovos, queijos e carnes; precursores naturais nos alimentos como certos aminoácidos, os alcalóides presentes nas especiarias que são usados ​​para curar carnes e conservantes, e outros precursores que aparecem nos alimentos como contaminantes como resíduos de pesticidas, aditivos ou medicamentos.

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    As nitrosaminas formam-se principalmente no estômago através de uma reação química entre aminas e nitritos, formados a partir dos nitratos. No pH ácido do estômago, geralmente com o pH ótimo entre 2 e 4, dependendo do substrato, forma-se o ácido nitroso (HNO 2 ), por protonação do nitrito, que dimeriza com perda de água, levando à formação de trióxido de dinitrogênio (N 2 O 3 ), que é a espécie nitrosante. Figura 2: Nitrosação da dimetilamina (DMA) e formação de dimetilnitrosamina (NDMA). Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA. A estrutura final das nitrosaminas será determinada primariamente pela estrutura da amina que foi nitrosada. Figura 3: Tipos de estruturas de nitrosaminas com base nas combinações sugeridas. Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA. As N-nitrosaminas, então, são resultado do excesso de nitrito que se acumula no estômago. Este, proveniente de alimentos, fármacos ou produzido por bactérias locais em excesso, quando em desequilíbrio.

    De modo geral, as N-nitrosaminas são estáveis em meios neutros e fortemente básicos. Ainda que sejam de difícil destruição, elas entram em processo de decomposição lenta quando expostas à radiação UV formando aldeídos, nitrogênio e óxido nitroso, ou aminas e ácido nitroso. Em meio fortemente ácido ocorre clivagem do grupo nitroso, sendo que a reação pode ser catalisada pela presença de nucleófilos como iodeto, tiocianato, brometo e/ou cloreto.

    Um reagente comumente utilizado para destruir N-nitrosaminas é o ácido bromídrico em ácido acético glacial. No estômago, antagonizando a produção de nitrosaminas, alguns ácidos competem com as aminas pelo grupo nitrosante. São alguns deles o ácido sulfâmico, sulfamato de amônio, ácido tânico, alfa tocoferol e ácido ascórbico.

    Sob essas moléculas, a ANVISA determinou os limites aceitáveis da presença de nitrosaminas em medicamentos com base nas orientações disponíveis no Guia ICH M7, também aceito pela EMA e FDA. Os limites foram derivados a partir de estudos robustos de carcinogenicidade, considerando risco total de 1:100.000, correspondente ao risco natural, desta forma pode-se considerar como um valor negligenciável.

    Historicamente produtos identificados com mais de uma nitrosamina em sua composição tem os seus lotes retirados do mercado, no entanto, diversos produtos podem apresentar mais de uma nitrosamina. Desde que o risco total, ou seja a soma de todas as nitrosaminas, fique dentro da proporção de 1:100.000, o produto continua seguro, podendo ser ajustado a proporção de cada nitrosaminas. Fonte: adaptado do guia Control of Nitrosamine Impurities in Human Drugs, FDA O FDA identificou sete impurezas de nitrosamina que teoricamente poderiam estar presentes em medicamentos:

    N-Nitrosodimetilamina (NDMA); N-nitrosodietilamina (NDEA); Ácido N-nitroso-N-metil-4-aminobutanóico (NMBA); N-nitrosoisopropiletilamina (NIPEA); N- nitrosodiisopropilamina (NDIPA); N-nitrosodibutilamina (NDBA); N-nitrosometilfenilamina (NMPA).

    Cinco deles, NDMA, NDEA, NMBA, NIPEA e NMPA, foram realmente detectados em substâncias ou produtos farmacêuticos, segundo o guia publicado pela FDA. Uma outra opção considera que a soma de todas as nitrosaminas não ultrapasse o limite da nitrosamina mais potente. Os valores abaixo se referem apenas a medicamentos acabados contendo um dos tipos de nitrosamina. Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA
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    O que significa nitrosaminas?

    O que é N-nitrosodimetilamina (NDMA)? – As nitrosaminas são uma classe de compostos orgânicos semi-voláteis pertencentes à classe de Compostos N-Nitroso (NOC). A exposição a essas substâncias em limites seguros representa baixo risco à saúde, mas acima de níveis aceitáveis e por longos períodos aumenta o risco da ocorrência de câncer.
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    Por que colocar nitrito na carne?

    O emprego de nitrato e nitrito tem a função de conferir cor rósea e sabor típico aos produtos curados, inibir o crescimento de Clostridium botulinum e prevenir o aparecimento do sabor ‘requentado’ e da rancidez das carnes.
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    Porque quando se adiciona nitrito nas carnes estas ficam com tom avermelhado?

    Coloração avermelhada em carnes curadas Qual A Origem Da Nitrosamina Na Carne A fixação da cor avermelhada nas carnes curadas, ou seja, que foram expostas ao nitrito (NO²), deve-se ao pigmento nitrosilhemocromo, que é a forma desnaturada por calor da nitrosomioglobina, formada da reação do óxido nítrico(NO), proveniente do nitrito (NO2) e da mioglobina naturalmente presente na carne.

    A coloração curada correta e estável é atingida com o uso de quantidades adequadas de nitritos, garantia de uma conversão eficiente de NO² em NO com o uso de redutores ou acidulantes e a cocção do produto a uma temperatura mínima de 55°C, que é requerida para estabilizar a pigmentação avermelhada de um produto curado.

    A deterioração do pigmento avermelhado das carnes curadadas é ocasionada pela exposição à luz e ao oxigênio. Esses dois fatores atuam em combinados para a oxidação e descoloração do produto. Desta forma o ideal é conservar o produto em embalagem à vácuo e que não deixe passar luz.

    Os consumidores geralmente gostam de ver o produto ao efetua uma compra, então o uso de embalagens transparentes é um requisito importante, desta forma é preciso inibir a descoloração dos produtos curados usando outros artifícios. Listamos alguns deles abaixo. Antioxidantes – o uso de antioxidantes nas carnes curadas tem foco principal no controle da rancidez oxidativa das gorduras.

    Os antioxidantes reagem com os radicais livres e reduzem o processo oxidativo de maneira direta. A oxidação lipídica, ou ranço, além de denegrir o sabor, também pode contribuir com a deterioração da coloração. Muitos antioxidantes naturais possuem eficácia.

    Entre esses antioxidantes encontram-se subprodutos de romã, extrato de semente de uva e extratos de alecrim, orégano, cebola, alho, sálvia e diversas outras especiarias e ervas. A escolha do antioxidante a ser utilizado é determinada por fatores tais como eficácia, custo e efeito sobre o sabor do produto.

    Antioxidantes sinérgicos – são ingredientes que exercem sua função antioxidante de maneira indireta, quer dizer, não reagem diretamente com radicais livres oxidativos, mas geralmente mediante a quelação de metais. Dentre eles, figuram os fosfatos, o ácido cítrico e o,

    Agentes redutores – são os compostos que proporcionam condições químicas redutoras no alimento, os quais são capazes de se unir com oxigênio livre e evitar as reações oxidativas. Técnicas modernas de processamento cárneo quase sempre requerem o uso de agentes redutores, como o e o ascorbato de sódio, pois são compostos com ação multipla, funcionam como antioxidantes redutores e aceleram a cura ao reduzir NO²(nitrito) em NO(óxido nítrico), que é o componente chave na fixação da coloração avermelhada das carnes curadas.

    : Coloração avermelhada em carnes curadas
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    Qual a função do nitrato nos alimentos?

    Qual a função do nitrito e nitrato? – Utilizados como aditivos alimentares, o nitrito e o nitrato têm função de inibir o crescimento de ações microbianas, conservando os alimentos. Além disso, eles são usados como fixadores de cor e de sabor, principalmente na indústria de carne.
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    Qual alimento que tem mais nitrato?

    Consumir carne processada e outros alimentos ricos em nitrito ou nitrato faz mal à saúde? E, se você pensar nas refeições, é provável que venha uma imagem negativa, talvez pela recente campanha de cientistas e políticos britânicos para proibir o uso destes conservantes em carnes processadas, como bacon e presunto, por causa dos possíveis efeitos cancerígenos.

    • Mas a relação entre a saúde e o consumo de nitritos e nitratos é muito mais complexa.
    • Não dá para dizer simplesmente que “fazem mal”.
    • Por exemplo, o suco de beterraba tem alto teor de nitrato natural, que tem sido associado à redução da pressão arterial e ao aumento do rendimento esportivo.
    • Os nitratos também são o princípio ativo de alguns medicamentos para a angina, condição em que a redução do fluxo sanguíneo causa dor no peito.

    Então, será então que os nitratos e nitritos realmente fazem mal para a saúde? Os nitratos e nitritos, como nitrato de potássio e nitrito de sódio, são compostos químicos naturais que contêm nitrogênio e oxigênio. Nos nitratos, o nitrogênio é ligado a três átomos de oxigênio, enquanto, nos nitritos, o nitrogênio é ligado a dois átomos de oxigênio.

    Ambos são conservantes usados na indústria alimentícia para inibir o crescimento de bactérias nocivas no bacon, presunto, salame e em alguns queijos.2 de 6 As cenouras são ricas em nitratos provenientes do solo em que são cultivadas — Foto: Pixabay As cenouras são ricas em nitratos provenientes do solo em que são cultivadas — Foto: Pixabay Diante de todo o furor em torno da carne processada, você pode imaginar que essa é a principal fonte de nitratos da nossa dieta.

    Mas, na verdade, apenas cerca de 5% dos nitratos presentes na alimentação padrão são provenientes desta fonte – mais de 80% são de origem vegetal. Os legumes e verduras obtêm nitratos e nitritos do solo em que são cultivados. Os nitratos estão presentes em depósitos minerais naturais, enquanto os nitritos são formados por micro-organismos do solo que decompõem matéria orgânica de origem animal.

    Hortaliças como espinafre e rúcula costumam ter alto teor de nitrato, assim como aipo, beterraba e cenoura. Verduras e legumes orgânicos podem apresentar níveis mais baixos do que os não orgânicos, uma vez que seu cultivo não envolve fertilizantes à base de nitrato sintético. No entanto, há uma diferença importante em como os nitratos e os nitritos são adicionados às carnes processadas em comparação com os vegetais – e isso também afeta o efeito cancerígeno.

    Os nitratos são bastante inertes por si só, o que significa que é improvável que se envolvam em reações químicas no organismo. Mas os nitritos e as substâncias químicas formadas a partir deles são muito mais reativos. A maioria dos nitritos não são consumidos diretamente, mas convertidos a partir de nitratos pela ação de bactérias presentes na boca.

    Nesse sentido, uma pesquisa de 2013 mostra que o uso de enxaguante antibacteriano bucal pode reduzir fortemente a produção oral de nitritos. Quando engolimos os nitritos fabricados na nossa boca, uma das coisas que podem acontecer é eles reagirem no ambiente altamente ácido do estômago para formar nitrosaminas, que podem ter efeito cancerígeno, sendo relacionadas ao câncer de intestino.3 de 6 Cientistas britânicos fizeram campanha recentemente para proibir o uso de nitratos e nitritos em carnes processadas — Foto: Pixabay Cientistas britânicos fizeram campanha recentemente para proibir o uso de nitratos e nitritos em carnes processadas — Foto: Pixabay Mas, para que isso aconteça, é necessário que haja uma fonte de amina, substância química derivada da amônia encontrada em abundância em alimentos ricos em proteína.

    As nitrosaminas também podem ser produzidas diretamente nos alimentos, quando são preparados em fogo alto, como é o caso do bacon frito. “Não são os nitratos ou nitritos em si, depende da maneira como são preparados e do que há no seu entorno”, explica Kate Allen, diretora-executiva de ciência e relações públicas do Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer.

    “Por exemplo, os nitritos nas carnes processadas estão muito próximos das proteínas (mais especificamente, dos aminoácidos). Quando são cozinhados em altas temperaturas, isso permite que formem nitrosaminas, que é um composto cancerígeno.” Allen acrescenta, no entanto, que os nitritos são apenas uma das razões pelas quais as carnes processadas contribuem para o câncer de intestino, e sua importância nisso ainda é incerta.

    Outros fatores que podem colaborar incluem o ferro, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (que se formam em carnes defumadas) e aminas heterocíclicas (geradas quando a carne é frita ou grelhada em alta temperatura). Também é importante colocar os riscos sob perspectiva.

    Embora a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classifique a carne processada como cancerígena, o risco é bem pequeno. No Reino Unido, por exemplo, seis em cada cem pessoas vão ter câncer de intestino ao longo da vida. Para aquelas que comem 50 gramas de carne processada (cerca de três fatias de bacon) diariamente, a chance é de sete em cem.4 de 6 O modo de preparo dos alimentos pode influenciar o efeito cancerígeno — Foto: Pixabay O modo de preparo dos alimentos pode influenciar o efeito cancerígeno — Foto: Pixabay Os nitritos não são de todo ruim.

    Há cada vez mais evidências de que eles podem proporcionar benefícios à saúde, graças a uma molécula chamada óxido nítrico. Em 1998, três cientistas americanos receberam o prêmio Nobel por suas descobertas a respeito do papel do óxido nítrico – um gás – no sistema cardiovascular.

    Hoje em dia nós sabemos que ele dilata os vasos sanguíneos, reduz a pressão arterial e faz parte do arsenal do corpo contra infecções. Assim, a capacidade limitada de produzir óxido nítrico está associada a doenças cardíacas, diabetes e disfunção erétil. Uma das formas pela qual o corpo fabrica esta substância é a partir de um aminoácido (componente da proteína) chamado arginina.

    No entanto, a ciência provou que os nitratos presentes na alimentação também podem contribuir significativamente para a formação de óxido nítrico.5 de 6 Encontrado em legumes como beterraba, os nitritos também ajudam a formar óxido nítrico, que reduz a pressão arterial — Foto: Pixabay Encontrado em legumes como beterraba, os nitritos também ajudam a formar óxido nítrico, que reduz a pressão arterial — Foto: Pixabay Isso é importante principalmente para idosos, uma vez que a produção natural de óxido nítrico via arginina tende a diminuir com a idade.

    • Ainda assim, embora os nitratos encontrados no presunto sejam quimicamente idênticos aos presentes na salada, você deve optar pelo de origem vegetal.
    • Temos observado um aumento dos riscos associados ao nitrato e nitrito de carnes para alguns tipos de câncer”, diz Amanda Cross, professora de epidemiologia do câncer na universidade Imperial College, em Londres.

    “Mas não observamos riscos associados aos nitratos ou nitritos de legumes e verduras, pelo menos em grandes estudos em que a ingestão é estimada a partir de questionários.” Cross acrescenta que “é razoável supor” que nitratos presentes em folhas verdes têm menos chances de fazer mal à saúde (ou seja, a formar nitrosaminas).

    Isso acontece porque eles não são alimentos ricos em proteínas e também porque contêm componentes protetores, como vitamina C, polifenóis e fibras, que têm demonstrado reduzir a formação de nitrosaminas. Então, quando a maior parte dos nitratos na nossa dieta é de origem vegetal – e, por sua vez, estimula a formação de óxido nítrico – provavelmente fazem bem à nossa saúde.

    Um especialista em óxido nítrico vai além, argumentando que os nitratos e nitritos devem ser classificados como nutrientes essenciais que podem ajudar a prevenir condições como ataques cardíacos e derrames. É praticamente impossível estimar com segurança o consumo de nitrato na dieta, uma vez que a quantidade nos alimentos é extremamente variável.

    1. Os níveis podem variar até 10 mil vezes no caso da alface, e os nitratos na água potável também podem variar consideravelmente dentro do limite legal (50 mg/litro)”, diz o epidemiologista nutricional Gunter Kuhlne, da Universidade de Reading, no Reino Unido.
    2. Isso significa que os estudos que investigam os efeitos do nitrato na saúde precisam ser interpretados com muito cuidado, já que ‘nitrato’ pode ser simplesmente um indicador da ingestão de verduras e legumes.” Um relatório da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar de 2017 (EFSA, na sigla em inglês) aprovou uma ingestão diária aceitável (quantidade de uma substância que se pode consumir todos os dias, com segurança, por toda a vida) que equivaleria a 235 mg de nitrato para uma pessoa que pesa 63,5 kg 6 de 6 Os nitratos presentes em folhas verdes oferecem vários benefícios para a saúde — Foto: Pixabay Os nitratos presentes em folhas verdes oferecem vários benefícios para a saúde — Foto: Pixabay Mas o relatório também observou que indivíduos de todas as faixas etárias podem ultrapassar essa quantidade diária facilmente.

    Já a ingestão de nitrito costuma ser muito menor. No Reino Unido, a estimativa é que a média de consumo seja de 1,5 mg por dia. Segundo a EFSA, a exposição aos conservantes de nitrito se encontra dentro dos níveis considerados seguros em todos os grupos populacionais na Europa, excedendo ligeiramente apenas no caso de crianças com dietas com alto teor de aditivos.

    1. Alguns especialistas afirmam, no entanto, que as doses diárias aprovadas de nitrato e nitrito estão desatualizadas, e que consumir níveis mais altos é não apenas seguro como também benéfico de fato – desde que sejam de origem vegetal, e não de carnes processadas.
    2. Por exemplo, ao comer uma salada grande de rúcula e espinafre ou tomar um copo de suco de beterraba, você está ingerindo de 300 mg a 400 mg de nitratos de uma só vez, quantidade que está relacionada à redução da pressão sanguínea.

    Por outro lado, uma dose de 2 g a 9 g (2000 mg – 9000 mg) de nitrato pode ser tóxica, provocando alterações na hemoglobina e deixando uma coloração azulada nos lábios e na pele. Mas este seria um nível difícil de alcançar de uma só vez, e muito pouco provável de acontecer a partir da ingestão de alimentos.

    É mais perigoso, por exemplo, ficar exposto à água contaminada por fertilizantes. O que fazer então? Se você quer comer os tipos certos de nitratos e nitritos e evitar os que têm potencial cancerígeno, adote uma dieta variada com pelo menos cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras, e evite consumir carnes processadas com muita frequência.

    Desta forma, os benefícios dos nitratos e nitritos podem superar os possíveis malefícios para a saúde. : Consumir carne processada e outros alimentos ricos em nitrito ou nitrato faz mal à saúde?
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    Quais vegetais têm nitrato?

    Os nitratos estão presentes nos vegetais, alface e espinafre são os vegetais que apresentam os teores mais elevados, sendo a principal fonte de nitratos na dieta humana (WEIGHTMAN et al., 2006).
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    O que o nitrato pode causar?

    – A presença de nitrato na água pode causar ainda hipotensão postural (devido à vasodilatação), dores de cabeça, diarreia e mal-estar. OBS: aspectos geológicos nos locais de lençóis hídricos podem interferir na maior ou menor contaminação dos poços de água para consumo humano.
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    O que remove nitrato?

    Denitrate 250ml Remove Nitrato Nitritos Orgânicos Seachem De*nitrate ™ Remove nitratos, nitritos, amônia e orgânicos Meios biológicos de alta porosidade Tamanho dos poros adequado para bactérias anaeróbicas Não há perigo de produção de sulfeto de hidrogênio, como ocorre com meios à base de enxofre De Nitrate elimina nitratos, nitritos, amônia e substâncias orgânicas em aquários de água doce ou salgada.

    • A alta porosidade do DeNitrate reforça a proliferação de bactérias aeróbicas e anaeróbicas, as quais eliminam resíduos tóxicos nos aquários.
    • Uma vez esgotado seu poder de absorção não é necessário retira-lo, pois se torna excelente suporte biológico.
    • O de¿nitrate ™ é um material econômico, natural e poroso, com distribuição e geometria de poros que promove a nitrificação aeróbica nos primeiros milímetros de profundidade e a desnitrificação anaeróbica no núcleo.

    O material possui uma área de superfície alta e suporta uma alta densidade de bactérias. Embora o de¿nitrate ™ tenha capacidade para reter nitrato, isso, como em outros materiais de retenção de nitrato, como certos zeólitos e resinas sintéticas, é bastante limitado e o mecanismo primário de remoção de nitrato é anaeróbico.

    Rochas “vivas” ou rochas de recife removem nitrato por desnitrificação anaeróbica. de¿nitrate ™ remove nitrato pelo mesmo processo. A eficiência é ampliada várias vezes, forçando a água a filtrar através do de¿nitrate poroso ™. Como nas rochas dos recifes, as condições anaeróbicas são alcançadas pela porosidade e pela depleção de oxigênio pelo processo aeróbico na superfície.

    Taxas de fluxo excessivas devem, portanto, ser evitadas, pois podem impedir o desenvolvimento de um ambiente anaeróbico adequado para apoiar bactérias desnitrificantes. o de¿nitrate ™ também é um excelente meio para nitrificação aeróbica e é um filtro biológico ideal em bandejas de gotejamento, filtros de vasilhas, reservatórios ou mesmo filtros de caixa.

    • Em altas taxas de fluxo (acima de 100 galões americanos por hora), ele funcionará apenas como um filtro aeróbico.
    • Em taxas de fluxo baixas (menos de 50 galões dos EUA por hora), ele funcionará como um filtro aeróbico e um filtro desnitrificante anaeróbico.100 ml tratam 40 litros.
    • Para obter melhores resultados, o de¿nitrate ™ deve ser colocado para garantir o fluxo de água através dele, como em um filtro de vasilha, módulo de filtragem química ou filtro de caixa.

    A taxa de fluxo não deve exceder 200 L (50 galões americanos) por hora. Se taxas de fluxo mais altas forem inevitáveis, use Matrix ou Pond Matrix. É melhor enxaguar a poeira antes de usá-la. Depois que o de¿nitrate ™ estiver em uso por vários dias, as concentrações de nitrato devem começar a cair e se estabilizar gradualmente a uma concentração de cerca de 4-5 mg / L como nitrato.

    1. Enquanto as concentrações de nitrato permanecerem sob controle, o produto não estará esgotado.
    2. Cada 500 mL de de¿nitrate ™ trata cerca de 100–200 L (25–50 galões americanos), dependendo da concentração inicial de nitrato e da carga biológica atual.
    3. Deve-se usar o suficiente para remover o nitrato a uma taxa pelo menos tão rápida quanto a taxa de formação.

    Se nitratos muito altos estiverem presentes inicialmente, eles devem ser reduzidos para menos de 20 mg / L com as trocas de água. Perguntas frequentes Quanto nitrato o de¿nitrate ™ remove? R: Recomenda-se que, se os níveis de nitrato forem muito altos, eles sejam reduzidos a pelo menos 20 ppm por meio de trocas de água antes de usar o de¿nitrato.

    • Nesse ponto, o de¿nitrate ™ reduzirá os níveis de nitrato para 4 – 5 ppm após vários dias de uso.
    • Como o de¿nitrate, Matrix e Pond Matrix são todos meios de suporte biológico, eles nem sempre esgotam, mas podem se tornar menos eficientes com o uso de entupimento de poros.
    • A pré-filtragem da água antes de passar por esses produtos prolongará sua vida útil.

    O que permite que o de¿nitrate funcione anaerobicamente a taxas de fluxo inferiores a 50 GPH? R: É a porosidade desse material que permite que ele funcione nessa taxa de fluxo de água. À medida que a água passa através dessa mídia, qualquer oxigênio é usado pelas bactérias aeróbicas que vivem na crosta externa dessa mídia.

    À medida que a água entra na crosta interna desse meio, ela entra em contato com os grupos de bactérias que vivem em condições deficientes em oxigênio das porções internas desse meio que naturalmente consomem e eliminam nitrato. As instruções indicam que a taxa de fluxo através do de¿nitrate ™ não deve ser superior a 50 galões por hora, mas a maioria dos filtros no mercado flui muito mais rápido que isso.

    Como faço para atingir uma taxa de fluxo tão lenta? R: A melhor maneira de fazer isso é com o uso de um fluxo (também conhecido como “manequim”). Outras alternativas incluem a restrição de água a uma vasilha regular, a colocação em um reservatório ou um filtro de caixa com uma entrada restrita.
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    Quem produz nitrato no solo?

    A nitrificação é um processo químico-biológico de formação de nitrito no solo pela ação conjunta de bactérias quimiossintetizantes nitrificantes, pela ação de conversão da amônia em nitrato, ocorrendo em duas etapas. Nitrosação → a maior parte da amônia não é absorvida pelas plantas, sendo oxidadas em nitrito pelas bactérias nitrosas, que pertencem aos gêneros: Nitrossomonas, Nitrosococus e Nitrosolobus, utilizando a energia liberada nessa oxidação para produzir compostos orgânicos.

    A reação pode ser expressa da seguinte forma: (amônia) (nitrito) 2NH 3 + 3O 2 → 2H + + 2NO – 2 + 2H 2 O + energia Nitratação → os nitratos formados pelas bactérias nitrosas são liberados no solo e oxidados por outras bactérias quimiossintéticas chamadas nítricas (do gênero Nitrobacter). Nessa reação formam-se os nitratos, absorvidos e utilizados pelas plantas na fabricação de suas proteínas e de seus ácidos nucleicos.

    (nitrito) (nitrato) 2NO – 2 + O 2 → 2NO – 3 + energia Esses elementos químicos são repassados aos demais organismos por meio das relações ecológicas mantidas através da cadeia alimentar, de acordo com os níveis tróficos (produtor, consumidor primário, consumidor secundário, terciário.).

    • Já a desnitrificação é o fenômeno de transformação de nitratos e outras substâncias em gás nitrogênio (N2) pela ação de bactérias desnitrificantes.
    • No solo, além das bactérias de nitrificação existem outros tipos, como as Pseudomonas denitrificans.
    • Na ausência de oxigênio atmosférico, essas bactérias usam o nitrato para oxidar compostos orgânicos (respiração anaeróbia).
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    Por esse processo, uma parte dos nitratos do solo é remetida novamente à atmosfera na forma de gás nitrogênio, fechando assim o ciclo e equilibrando a taxa de nitrato no solo. A desnitrificação pode ser representada pela reação: (glicose) (gás nitrogênio) 5C 6 H 12 O 6 + 24NO – 3 + 24H + → 30CO 2 + 42H 2 O + 12N 2 + energia Não pare agora.
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    Quem produz nitrato?

    No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio Qual A Origem Da Nitrosamina Na Carne No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio No Brasil, acidentes com o nitrato de amônio já provocaram sustos. É de uma indústria química no polo petroquímico de Cubatão, na Baixada Santista, que é fabricado todo o nitrato de amônio produzido no Brasil.

    A fabricante nacional produz 500 mil toneladas por ano. Mas a maior parte do composto químico usado no país ainda é importado, de países como a Rússia e os Emirados Árabes. Ele serve de base para a produção de fertilizante para a agricultura: é fonte de nitrogênio, essencial para o crescimento das plantas.

    “O nitrato de amônia é muito importante para a agricultura. O Brasil é um país que depende muito disso. Ele é comum, é antigo, é o mais estável, é muito melhor que outros produtos para agricultura. É supertestado”, explica Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco.

    Segundo a Associação Nacional para Difusão do Adubo, o nitrato de amônio “é um produto químico de fundamental importância para o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas, com aplicação na agricultura como fertilizante, matéria-prima para fabricação de gases anestésicos e tratamento de esgotos”.

    A associação diz ainda que, “seguidas as recomendações das autoridades e as boas práticas da indústria, entende que as operações com nitrato de amônio são seguras”. No Brasil, o nitrato de amônio faz parte da lista de produtos controlados pelo exército que autoriza a importação, controla e fiscaliza a produção, transporte, venda e o uso do produto.

    Os especialistas dizem que o nitrato de amônio é seguro desde que seja armazenado corretamente. As explosões podem ocorrer quando o composto químico entra em contato com outras substâncias ou permanece durante muito tempo perto de uma fonte intensa de calor. É o que pode ter acontecido em Beirute, segundo esse professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

    “No caso de Beirute, houve um incêndio prévio, que não deve ter sido do nitrato de amônio, ele não é inflamável, ele aumenta a inflamabilidade das substâncias, mas ele em si não é inflamável. Então, teve esse incêndio prévio, que provavelmente aqueceu o nitrato de amônio até seu ponto de decomposição e aí causou a explosão”, explica Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Química da USP.

    1. O Brasil já registrou acidentes graves com a substância, mas de proporções muito menores do que aconteceu no Líbano.
    2. Em 2013, um incêndio químico assustou os moradores de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina: dez mil toneladas de um fertilizante a base de nitrato de amônio queimaram dentro de um armazém.

    Uma nuvem de fumaça se espalhou por quilômetros e encobriu várias partes da cidade e municípios vizinhos. Em 2017, o acidente foi numa das empresas do polo industrial de Cubatão. Uma investigação revelou que a explosão foi causada pelo superaquecimento de engrenagens da esteira usada no transporte do produto.

    Naquele dia, havia nove toneladas de nitrato de amônio estocadas. Só 200 quilos explodiram, o suficiente para provocar um deslocamento de ar que chegou a sete quilômetros. Para evitar que acidentes virem tragédias como a do Líbano, é preciso tomar cuidados. “Ele tem que ter um armazém isolado, só para ele, ou para produtos que não pegam fogo de jeito nenhum.

    No Brasil, você não tem uma armazenagem tão grande desse produto. Ele circula, vai direto para a plantação, para a lavoura. Ninguém acumula esse produto”, destaca Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco. “Eu creio que, na medida em que você tem um gerenciamento de estoque bem feito, que você é capaz de classificar adequadamente o risco dos materiais que são estocados nas proximidades, tem um sistema de combate a incêndio corretamente instalado, o risco é muito pequeno”, observa Luís Fernando Figueira Silva, professor e coordenador do Laboratório de Combustão da engenheira mecânica da PUC-Rio.

    “Como qualquer substância química, a gente tem que ter respeito, mas não medo. Então, temos que respeitar a substância, reconhecendo seus riscos e perigos e tratá-la de maneira adequada. Fazendo isso, ela pode ser usada com absoluta segurança”, afirma Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Química da USP.

    : No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio
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    Quanto de nitrato tem a beterraba?

    Assim, é importante relatar que os vegetais estão entre as principais fontes alimentares de nitrato, entre as quais, se destaca a beterraba (Beta Vulgaris), classificada como uma das fontes mais ricas em nitrato ( > 1000 mg / kg ) (PARIZOTTI, 2013).
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    O que é o nitrato da beterraba?

    Benefício da beterraba (nitrato) – A beterraba é rica em uma substância chamada nitrato. Este nitrato é um precursor da produção óxido nítrico no corpo. Assim, sendo um ótimo benefício da beterraba para esportistas. Uma das propriedades do óxido nítrico é a vasodilatação, ou seja, aumenta o fluxo sanguíneo. O consumo de nitrato parece reduzir o consumo de oxigênio pelo exercício e reduzindo o VO2 máximo, isto porque melhora a utilização das fontes energéticas pelas mitocôndrias nas células. As mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia.
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    Para que serve o nitrato da beterraba?

    O consumo da bebida proporciona maiores níveis de óxido nítrico (ON), o que aumentao fluxo sanguíneo para os músculos e diminui a pressão arterial sistêmica – Qual A Origem Da Nitrosamina Na Carne A beterraba possui inúmeros benefícios para a nossa saúde, ela surpreendeu o mundo ao descobrir que uma de suas proteínas, a hemoglobina vegetal, poderia substituir o sangue humano. Essa pesquisa sueca trouxe grande esperança para que, em um futuro próximo, possamos usar o “sangue vegetal” em transfusões sanguíneas. O Óxido Nítrico (ON) é uma importante molécula presente nas células do nosso corpo. Ele é produzido pelo próprio organismo a partir da oxidação do aminoácido L-arginina. De fato, o organismo é capaz de sintetizar sozinho o ON quando não existem deficiência nutricional de aminoácidos. Além da produção endógena é possível também aumentar os níveis de ON através do consumo do suco de beterraba ou suplementação com o nitrato. Quando bebemos o suco de beterraba, por exemplo, absorvemos inicialmente o nitrato pela mucosa da boca e pelo estômago. Ele então é carregado até os músculos onde é estocado na forma inativa de nitrito. Mas o que é e para que serve o Nitrato? O Nitrato é um ânion inorgânico que pode ser obtido na dieta através do consumo de vegetais como o espinafre, o alface, a rúcula e, principalmente, a beterraba, Uma das funções fundamentais do Nitrato presente na beterraba é aumentar os níveis de ON nas células do organismo. O ON por sua vez é o responsável pela vaso-dilatação dos vasos sanguíneos o que aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos e diminui a pressão arterial sistêmica o que facilita o trabalho do nosso coração. Mas o Nitrato tem se mostrado ser muito mais do que isso, estudo recente publicado no Journal do American College of Sports Medicine mostra que, além de aumentar o fluxo de sangue nos músculos, o consumo do suco de beterraba pode aumentar isoladamente o poder de contração dos músculos. Como o consumo do suco de beterraba pode aumentar a força dos músculos? Durante o exercício físico ocorre um aumento de fluxo sanguíneo pelos músculos, isso acontece para que os nutrientes (oxigênio e glicose) cheguem rapidamente aos miócitos (células musculares). Além disso, a formação de energia (ATP) pelos miócitos faz com que a produção de gás carbônico (CO2) aumente consideravelmente nos músculos levando a consequente diminuição do PH, ou seja, as células musculares ficam mais ácidas. Essa acidez estimula a conversão Nitrito -> Nitrato -> ON que atua diretamente nos capilares sanguíneos musculares fazendo vaso-dilatação, o que aumenta o aporte de oxigênio e de glicose para os miócitos. Além desse efeito o ON comprovadamente atua diretamente nos miócitos aumentando o influxo de cálcio e a ação mitocondrial, ou seja, ocorre maior produção da ATP e a eficiência muscular é maior. Beber suco de beterraba então aumenta a performance esportiva? A maioria dos suplementos alimentares para o pré-treino são feitos a base de vaso-dilatadores arteriais sendo o mesmo ou similar mecanismo pelo qual atua o nitrato do suco de beterraba. Será então que tomar suco de beterraba ajuda no treino? Sim, o estudo de Bailey et al (2009) mostra uma melhora significativa no VO2 máximo (consumo máximo de oxigênio) de ciclistas amadores em até 10%. No entanto, esse benefício não foi observado em ciclistas profissionais como mostra os estudo de Bescos et al (2011). Mas, um estudo grande recente de Wylie et al (2013) mostrou que com a suplementação de nitrato houve um aumento da tolerância ao esforço de até 25% em ciclistas e maratonistas, amadores e profissionais, além de um aumento no VO2 de pelo menos 3%. Por que o suco de beterraba é bom para o coração e como ele combate a hipertensão? A hipertensão arterial é uma das doenças mais prevalentes do mundo e extremamente silenciosa. Seu tratamento se baseia em uma série de medicações e, principalmente, na mudança dos hábitos de vida com exercícios físicos e uma dieta equilibrada. De fato, mudar o estilo de vida pode diminuir a necessidade de medicamentos e até fazer com que a doença regrida. Um estudo muito recente de Kapil et al (2015) mostrou o incrível resultado de que o consumo de apenas um copo de 250ml de suco ou uma sopa de beterraba por dia diminui muito a pressão sistólica e diastólica de pacientes hipertensos devido a vaso-dilatação periférica. Um dos grandes problemas a hipertensão arterial é a sobrecarga cardíaca, nos pacientes não tratados as conseqüências podem ser terríveis cursando com quadros de insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio. Não há dúvidas de que o consumo do suco de beterraba diminui a pressão arterial o que facilita o trabalho do coração seja em hipertensos ou pessoas saudáveis. Então afinal quanto eu devo tomar o suco de beterraba para ter esses benefícios? O recomendado pelo American Heart Association para hipertensos é o consumo de 250ml de suco ou sopa de beterraba por dia. Para atletas a ingestão de 250ml do suco no pré-treino, 30 minutos antes, é capaz de aumentar a força de contração muscular e o consumo de oxigênio como mostram os estudos. O importante é ter equilíbrio na alimentação, não apenas o suco de beterraba mas outros vegetais podem gerar os mesmos benefícios como o espinafre, o alface e a rúcula. Agora a escolha é com você! Referências 1 – Porcelli et al. Aerobic Fitness Affects the Exercise Performance Responses to Nitrate Supplementation.2014. Med Sci in Sports Exerc. Vol 47 / Número 8 (1643-1651). American College of Sports Medicine 2 – Bailey et al. Dietary nitrate supplementation reduces the O2 cost of low-intensity exercise and enhances tolerance to high-intensity exercise in humans.2009 J Appl Physiol 107(4):1144-55.3 – Brescos et al. Acute Administration of inorganic nitrate reduces VO2peak in endurance athletes.2011. Med Sci in Sports Exerc Vol 43 / Número 10 (1979-1986). American College of Sports Medicine 4 – Wylie et al. Dietary Nitrate Supplementation and Exercise Performance.2014. Sports Medicine, Volume 44, Issue 1, (35-45).5 – Haider et al. Nitrate Supplementation Enhances the Contractile Properties of Human Skeletal Muscle.2013. Med Sci in Sports Exerc Vol 46 / Número 12 (2234-2264). American College of Sports Medicine 6 – Boorsma et al. Beetroot Juice Supplementation Does Not Improve Performance of Elite 1500m runners.2013. Med Sci in Sports Exerc Vol 46 / Número 12 (2326-2332). American College of Sports Medicine.7 – Kapil et al. Dietary Nitrate Provides Sustained Blood Pressure Lowering in Hypertensive Patients. A Randomized, Phase 2, Double-Blind, Placebo-Controlled Study.2015 Hypertension.65 (320-327). *As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com GUILHERME RENKE Médico pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia INCL RJ e Endocrinologia pela IPEMED. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Membro do American College of Sports Medicine, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Membro do Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC.
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    Como se formam as nitrosaminas quais são seus efeitos na saúde do consumidor?

    Processo de fornação endóxgena – A formação endógena de compostos N-nitrosos começa quando os nitratos são reduzidos a nitritos por microrganismos da cavidade oral e esses nitritos são posteriormente transformados em óxido nítrico no estômago devido às condições ali existentes.

    Em circunstâncias específicas, como gastrite crônica, os nitritos podem ser oxidados no estômago em agentes nitrosantes (N 2 O 3, N 2 O 4 ) e reagir para formar compostos N-nitrosos. Esta reação ocorre com precursores nitrosáveis, que incluem uma grande variedade de componentes dietéticos, tais como: aminas secundárias encontradas em peixes, ovos, queijos e carnes; precursores naturais nos alimentos como certos aminoácidos, os alcalóides presentes nas especiarias que são usados ​​para curar carnes e conservantes, e outros precursores que aparecem nos alimentos como contaminantes como resíduos de pesticidas, aditivos ou medicamentos.

    As nitrosaminas formam-se principalmente no estômago através de uma reação química entre aminas e nitritos, formados a partir dos nitratos. No pH ácido do estômago, geralmente com o pH ótimo entre 2 e 4, dependendo do substrato, forma-se o ácido nitroso (HNO 2 ), por protonação do nitrito, que dimeriza com perda de água, levando à formação de trióxido de dinitrogênio (N 2 O 3 ), que é a espécie nitrosante. Figura 2: Nitrosação da dimetilamina (DMA) e formação de dimetilnitrosamina (NDMA). Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA. A estrutura final das nitrosaminas será determinada primariamente pela estrutura da amina que foi nitrosada. Figura 3: Tipos de estruturas de nitrosaminas com base nas combinações sugeridas. Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA. As N-nitrosaminas, então, são resultado do excesso de nitrito que se acumula no estômago. Este, proveniente de alimentos, fármacos ou produzido por bactérias locais em excesso, quando em desequilíbrio.

    De modo geral, as N-nitrosaminas são estáveis em meios neutros e fortemente básicos. Ainda que sejam de difícil destruição, elas entram em processo de decomposição lenta quando expostas à radiação UV formando aldeídos, nitrogênio e óxido nitroso, ou aminas e ácido nitroso. Em meio fortemente ácido ocorre clivagem do grupo nitroso, sendo que a reação pode ser catalisada pela presença de nucleófilos como iodeto, tiocianato, brometo e/ou cloreto.

    Um reagente comumente utilizado para destruir N-nitrosaminas é o ácido bromídrico em ácido acético glacial. No estômago, antagonizando a produção de nitrosaminas, alguns ácidos competem com as aminas pelo grupo nitrosante. São alguns deles o ácido sulfâmico, sulfamato de amônio, ácido tânico, alfa tocoferol e ácido ascórbico.

    Sob essas moléculas, a ANVISA determinou os limites aceitáveis da presença de nitrosaminas em medicamentos com base nas orientações disponíveis no Guia ICH M7, também aceito pela EMA e FDA. Os limites foram derivados a partir de estudos robustos de carcinogenicidade, considerando risco total de 1:100.000, correspondente ao risco natural, desta forma pode-se considerar como um valor negligenciável.

    Historicamente produtos identificados com mais de uma nitrosamina em sua composição tem os seus lotes retirados do mercado, no entanto, diversos produtos podem apresentar mais de uma nitrosamina. Desde que o risco total, ou seja a soma de todas as nitrosaminas, fique dentro da proporção de 1:100.000, o produto continua seguro, podendo ser ajustado a proporção de cada nitrosaminas. Fonte: adaptado do guia Control of Nitrosamine Impurities in Human Drugs, FDA O FDA identificou sete impurezas de nitrosamina que teoricamente poderiam estar presentes em medicamentos:

    N-Nitrosodimetilamina (NDMA); N-nitrosodietilamina (NDEA); Ácido N-nitroso-N-metil-4-aminobutanóico (NMBA); N-nitrosoisopropiletilamina (NIPEA); N- nitrosodiisopropilamina (NDIPA); N-nitrosodibutilamina (NDBA); N-nitrosometilfenilamina (NMPA).

    Cinco deles, NDMA, NDEA, NMBA, NIPEA e NMPA, foram realmente detectados em substâncias ou produtos farmacêuticos, segundo o guia publicado pela FDA. Uma outra opção considera que a soma de todas as nitrosaminas não ultrapasse o limite da nitrosamina mais potente. Os valores abaixo se referem apenas a medicamentos acabados contendo um dos tipos de nitrosamina. Fonte: adaptado de Guia nº 50/2021 – ANVISA
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    Como nitrito se transforma em nitrato?

    NITRIFICAÇÃO – No processo de nitrificação, ocorre a oxidação da amônia em nitrito e, na sequência, em nitrato. Esse processo é realizado por bactérias que fazem quimiossíntese, ou seja, que utilizam a energia liberada na nitrificação para sintetizar suas substâncias orgânicas.

    As bactérias que realizam nitrificação são chamadas de bactérias nitrificantes, Bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrosococus convertem amônia (NH 3 ) em nitrito (NO 2 – ), e as Nitrobacter convertem nitrito( NO 2 – ) em nitrato (NO 3 – ). Na nitrificação, temos, portanto, duas etapas: Não pare agora.

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    Nitrosação: oxidação da amônia em nitrito. Veja a equação abaixo:

    2 NH 3 + 3O 2 → 2 NO 2 – + 2 H + + 2 H 2 O

    Nitração: oxidação do nitrito em nitrato. Veja a equação abaixo:

    2 NO 2 – + O 2 → 2 NO 3 – O nitrato liberado pode ser absorvido, utilizado pelas plantas e convertido em compostos orgânicos. Desse modo, o nitrogênio entra na cadeia alimentar. Os animais conseguem adquirir nitrogênio por meio da alimentação.
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    Como se formam os nitratos do solo?

    A nitrificação é um processo químico-biológico de formação de nitrito no solo pela ação conjunta de bactérias quimiossintetizantes nitrificantes, pela ação de conversão da amônia em nitrato, ocorrendo em duas etapas. Nitrosação → a maior parte da amônia não é absorvida pelas plantas, sendo oxidadas em nitrito pelas bactérias nitrosas, que pertencem aos gêneros: Nitrossomonas, Nitrosococus e Nitrosolobus, utilizando a energia liberada nessa oxidação para produzir compostos orgânicos.

    A reação pode ser expressa da seguinte forma: (amônia) (nitrito) 2NH 3 + 3O 2 → 2H + + 2NO – 2 + 2H 2 O + energia Nitratação → os nitratos formados pelas bactérias nitrosas são liberados no solo e oxidados por outras bactérias quimiossintéticas chamadas nítricas (do gênero Nitrobacter). Nessa reação formam-se os nitratos, absorvidos e utilizados pelas plantas na fabricação de suas proteínas e de seus ácidos nucleicos.

    (nitrito) (nitrato) 2NO – 2 + O 2 → 2NO – 3 + energia Esses elementos químicos são repassados aos demais organismos por meio das relações ecológicas mantidas através da cadeia alimentar, de acordo com os níveis tróficos (produtor, consumidor primário, consumidor secundário, terciário.).

    Já a desnitrificação é o fenômeno de transformação de nitratos e outras substâncias em gás nitrogênio (N2) pela ação de bactérias desnitrificantes. No solo, além das bactérias de nitrificação existem outros tipos, como as Pseudomonas denitrificans. Na ausência de oxigênio atmosférico, essas bactérias usam o nitrato para oxidar compostos orgânicos (respiração anaeróbia).

    Por esse processo, uma parte dos nitratos do solo é remetida novamente à atmosfera na forma de gás nitrogênio, fechando assim o ciclo e equilibrando a taxa de nitrato no solo. A desnitrificação pode ser representada pela reação: (glicose) (gás nitrogênio) 5C 6 H 12 O 6 + 24NO – 3 + 24H + → 30CO 2 + 42H 2 O + 12N 2 + energia Não pare agora.
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    Quem produz o nitrato?

    No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio Qual A Origem Da Nitrosamina Na Carne No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio No Brasil, acidentes com o nitrato de amônio já provocaram sustos. É de uma indústria química no polo petroquímico de Cubatão, na Baixada Santista, que é fabricado todo o nitrato de amônio produzido no Brasil.

    A fabricante nacional produz 500 mil toneladas por ano. Mas a maior parte do composto químico usado no país ainda é importado, de países como a Rússia e os Emirados Árabes. Ele serve de base para a produção de fertilizante para a agricultura: é fonte de nitrogênio, essencial para o crescimento das plantas.

    “O nitrato de amônia é muito importante para a agricultura. O Brasil é um país que depende muito disso. Ele é comum, é antigo, é o mais estável, é muito melhor que outros produtos para agricultura. É supertestado”, explica Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco.

    Segundo a Associação Nacional para Difusão do Adubo, o nitrato de amônio “é um produto químico de fundamental importância para o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas, com aplicação na agricultura como fertilizante, matéria-prima para fabricação de gases anestésicos e tratamento de esgotos”.

    A associação diz ainda que, “seguidas as recomendações das autoridades e as boas práticas da indústria, entende que as operações com nitrato de amônio são seguras”. No Brasil, o nitrato de amônio faz parte da lista de produtos controlados pelo exército que autoriza a importação, controla e fiscaliza a produção, transporte, venda e o uso do produto.

    1. Os especialistas dizem que o nitrato de amônio é seguro desde que seja armazenado corretamente.
    2. As explosões podem ocorrer quando o composto químico entra em contato com outras substâncias ou permanece durante muito tempo perto de uma fonte intensa de calor.
    3. É o que pode ter acontecido em Beirute, segundo esse professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

    “No caso de Beirute, houve um incêndio prévio, que não deve ter sido do nitrato de amônio, ele não é inflamável, ele aumenta a inflamabilidade das substâncias, mas ele em si não é inflamável. Então, teve esse incêndio prévio, que provavelmente aqueceu o nitrato de amônio até seu ponto de decomposição e aí causou a explosão”, explica Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Química da USP.

    • O Brasil já registrou acidentes graves com a substância, mas de proporções muito menores do que aconteceu no Líbano.
    • Em 2013, um incêndio químico assustou os moradores de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina: dez mil toneladas de um fertilizante a base de nitrato de amônio queimaram dentro de um armazém.

    Uma nuvem de fumaça se espalhou por quilômetros e encobriu várias partes da cidade e municípios vizinhos. Em 2017, o acidente foi numa das empresas do polo industrial de Cubatão. Uma investigação revelou que a explosão foi causada pelo superaquecimento de engrenagens da esteira usada no transporte do produto.

    Naquele dia, havia nove toneladas de nitrato de amônio estocadas. Só 200 quilos explodiram, o suficiente para provocar um deslocamento de ar que chegou a sete quilômetros. Para evitar que acidentes virem tragédias como a do Líbano, é preciso tomar cuidados. “Ele tem que ter um armazém isolado, só para ele, ou para produtos que não pegam fogo de jeito nenhum.

    No Brasil, você não tem uma armazenagem tão grande desse produto. Ele circula, vai direto para a plantação, para a lavoura. Ninguém acumula esse produto”, destaca Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco. “Eu creio que, na medida em que você tem um gerenciamento de estoque bem feito, que você é capaz de classificar adequadamente o risco dos materiais que são estocados nas proximidades, tem um sistema de combate a incêndio corretamente instalado, o risco é muito pequeno”, observa Luís Fernando Figueira Silva, professor e coordenador do Laboratório de Combustão da engenheira mecânica da PUC-Rio.

    • Como qualquer substância química, a gente tem que ter respeito, mas não medo.
    • Então, temos que respeitar a substância, reconhecendo seus riscos e perigos e tratá-la de maneira adequada.
    • Fazendo isso, ela pode ser usada com absoluta segurança”, afirma Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Química da USP.

    : No Brasil, o Exército fiscaliza a produção e importação de nitrato de amônio
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